“Cada rede entregue, cada teste efetuado, cada vida salva é um testemunho do compromisso do Governo dos EUA de construir comunidades mais saudáveis, resilientes e livres de malária em Moçambique”, disse Helen Pataki, diretora da missão da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID), citado numa nota enviada à comunicação social.
O Programa de Prevenção da Malária tem uma duração de cinco anos e visa reduzir a prevalência da doença em Manica, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado, províncias que “registam as taxas mais elevadas de malária” em Moçambique, além de reforçar a capacidade das organizações locais na luta contra a doença, refere-se no documento.
A iniciativa dos EUA vai também “promover a utilização de redes tratadas com inseticida, ensinar a cuidar e a manter as redes, encorajar os pais a tratar as crianças com febre e promover o tratamento preventivo da malária na gravidez”.
Moçambique registou 210 mortes devido à malária no primeiro semestre deste ano, menos um quarto face a igual período de 2022, numa altura em que o país se prepara para a vacinação contra a doença, anunciou, na última semana, o diretor do Programa Nacional do Combate à Malária, Baltazar Candrinho.
Segundo o responsável, entre janeiro e junho, Moçambique registou ainda um aumento do número de casos de malária, com 7,2 milhões de casos contra 6,8 milhões registados em 2022, facto que está associado à falta de meios de prevenção da doença, além dos desastres naturais que afetam ciclicamente o país “favorecendo o crescimento da população do mosquito”.
Em 14 de julho, após um encontro com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, admitiu a possibilidade de inclusão de Moçambique na Iniciativa de Vacinação contra Malária já no primeiro trimestre de 2024.
A malária é uma das doenças mais mortíferas em África, matando quase meio milhão de crianças com menos de 5 anos, todos os anos, e representa aproximadamente 95% dos casos mundiais de malária e 96% das mortes em 2021.
LUSA/HN
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