Município da Covilhã investe 26 mil euros em desfibrilhadores

18 de Setembro 2023

A Câmara da Covilhã instalou em espaços públicos onze desfibrilhadores e formou 66 pessoas para a sua utilização, num investimento de 26 mil euros.

“Este é um dia importante para a saúde, vida e integridade física dos nossos concidadãos”, disse hoje o autarca, durante a apresentação da primeira fase do Programa Municipal de Desfibrilhação Automática Externa.

Além dos equipamentos instalados em edifícios municipais, foram entregues na cerimónia dispositivos a forças de segurança, bombeiros e foi instalado um desfibrilhador automático comunitário na Praça do Município, que pode ser utilizado por qualquer pessoa com formação para o efeito e que dá o alerta da emergência a quem está habilitado e que esteja nas imediações, assim como aciona os meios de socorro.

A Câmara da Covilhã deu também formação a 66 funcionários da autarquia que prestam serviço nos locais onde os desfibrilhadores foram instalados, que se juntam a cerca de cem pessoas no município que já tinham essas competências.

As paragens cardiorrespiratórias são “um fenómeno que ocorre com mais frequência do que aquela que se deseja”, realçou o presidente, segundo o qual a intenção é “alargar este programa às principais localidades do concelho” e também “às escolas secundárias”.

A formação vai também prosseguir para funcionários autárquicos, elementos das forças de segurança e proteção civil e para munícipes que manifestem esse interesse.

Vítor Pereira sublinhou a importância de agir com rapidez em caso de paragem cardiorrespiratória e que “cada segundo conta”, alertando que a taxa de sobrevivência sem a intervenção deste aparelho é de 03%, mas aumenta para 74% quando o socorro é prestado com rapidez.

De acordo com o responsável pela empresa que comercializa os desfibrilhadores instalados na Covilhã, Marco Castro, dez minutos após a paragem cardiorrespiratória a probabilidade de sobrevivência “chega a zero” e, após seis minutos, começam a verificar-se danos neurológicos, daí a importância de existir mais gente capaz de atuar num primeiro momento e de haver mais aparelhos, num país onde esse número é reduzido.

“Se o doente chegar com vida ao hospital, vai ter tratamento de topo mundial. É preciso é chegar com vida”, vincou Marco Castro.

Este município do distrito de Castelo Branco instalou desfibrilhadores na Central de Camionagem, no Pavilhão do INATEL, no Complexo Desportivo, no Departamento de Obras e Planeamento e na piscina, além do aparelho comunitário no centro da cidade.

Foram ainda entregues equipamentos aos bombeiros, PSP, GNR, Grupo de Montanha da GNR, que também opera na área das Penhas da Saúde, e à Proteção Civil Municipal.

LUSA/HN

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