Em declarações à Rádio Renascença, Fernando Cirurgião explica que a equipa de médicos e outros profissionais de saúde está completa e as urgências estão a funcionar, mas sem capacidade de internamento.
“Quem precisa de ir à urgência pode dirigir-se ao hospital, só que as camas de internamento destinadas a internamento, que são 12 camas, estão ocupadas com grávidas que acorreram ao hospital, que tiveram indicação para ficar internadas”, explicou o diretor do serviço.
O clínico acrescenta que esta situação vai manter-se, “provavelmente, durante as próximas horas”, considerando tratar-se de “uma dificuldade técnica que é inultrapassável”.
Num momento em que o Hospital de São Francisco Xavier, na zona do Restelo, em Lisboa, não recebe ambulâncias com grávidas, as urgências de obstetrícia dos hospitais Beatriz Ângelo, em Loures, e Garcia de Orta, em Almada, também estão fechadas – mas de forma programada, devido ao plano “Nascer em Segurança”.
Já a maternidade do Hospital de Santa Maria está fechada devido a obras.
“Quando maternidades que têm uma capacidade e tem uma área de influência grande e com previsibilidade de parturientes também grande estão encerradas, então, sem dúvida alguma que o São Francisco, que é daquelas maternidades, juntamente com a Alfredo da Costa, que deverão estar sempre operacionais, chega uma altura que poderão estar lotadas”, admitiu ainda Fernando Cirurgião.
O diretor do serviço garante que, no âmbito do trabalho em rede, assim que for possível, será comunicada ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a disponibilidade para receber ambulâncias.
“Temos de esperar que as grávidas que estão internadas tenham os seus bebés para que depois se consiga libertar essa cama, o que muito provavelmente e quase certeza absoluta ao longo do dia pode acontecer”, declarou Fernando Cirurgião.
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