“É concebível que alguém que parta uma perna às sete da noite não tenha tratamento logo a seguir? Acho que [a Saúde] bateu no fundo e vamos ter, o Ministério da Saúde vai ter, de arranjar forma de se entender com os profissionais de Saúde de modo que esta bagunça que vai por aí se resolva”, disse Fernando Ruas.
Ruas falava aos jornalistas a propósito do encerramento noturno, este mês, da urgência em cirurgia e ortopedia naquela unidade hospitalar.
“Agora isto é inadmissível, ainda por cima num período temporal, o inverno, que é muito mais complicado. Eu estou altamente preocupado”, acrescentou.
Uma preocupação acrescida porque os doentes serão encaminhados para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e há “aquele constrangimento que é o IP3 e o constrangimento de carros específicos”, como as ambulâncias.
“Juntava a isso uma situação inexplicável. É um hospital central e é, por alguma razão, para ter mais meios. Se, em princípio, deveriam verter para aqui hospitais circundantes, se vão diretamente para Coimbra, não sei como se dá respostas a todas essas necessidades em áreas fundamentais”, questionou.
O autarca social-democrata assumiu que tem “consideração pelo ministro da Saúde” e disse entender que as reuniões sejam “difíceis, mas também se tem andado “de reunião em reunião”, sem que haja solução.
Após o adiamento da reunião para sábado, entre Ministério da Saúde e sindicatos, o autarca defendeu que “o adiar de reuniões não traz resultados práticos, quando tem de haver decisões, sob pena de se andar nesta situação”.
“Continuando as condições atmosféricas como estão, como será o pico do inverno se a situação não estiver resolvida?”, questionou.
Fernando Ruas apelou ao presidente do CHTV para que “resolva rapidamente o problema e que articule com os serviços centrais de modo que isto não se mantenha por muito tempo”.
O autarca admitiu que não pode fazer mais do que “denunciar a situação”, porque a Saúde “é da inteira responsabilidade do Governo”.
LUSA/HN
0 Comments