Estudo demonstra que uma em cada três pessoas com diabetes tipo 2 tem doença cardiovascular

28 de Setembro 2020

O primeiro estudo do género, realizado pela Novo Nordisk, revelou que uma em cada três pessoas com diabetes tipo 2 tem doença cardiovascular estabelecida, das quais nove em cada 10 tem doença cardiovascular aterosclerótica.

Pela primeira vez, foram recolhidas informações sobre as doenças cardiovasculares na diabetes tipo 2 em contexto de cuidados de saúde primários e hospitalares, o que também demonstra que uma parte significativa das pessoas com diabetes tipo 2 está a ser acompanhada na medicina geral e familiar em conjunto com especialistas em diabetes.

Uma terceira conclusão do estudo CAPTURE ressalta ainda que apenas 2 em cada 10 pessoas com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular aterosclerótica estão a receber tratamento para a redução da glicose com benefícios cardiovasculares comprovados.

“As conclusões do estudo CAPTURE são significativas para qualquer pessoa que esteja envolvida no cuidado de pessoas com diabetes tipo 2. Os dados revelam que, embora a prevalência da doença cardiovascular aterosclerótica na população com diabetes tipo 2 seja elevada, a grande maioria não está a receber tratamentos que comprovadamente reduzem o risco de episódios cardiovasculares potencialmente graves”, afirma o investigador Dr. Ofri Mosenzon consultor da Novo Nordisk e da Unidade de Diabetes no Centro Médico Hadassah em Israel.

Por isso mesmo, em véspera do Dia Mundial do Coração, celebrado a 29 de setembro, o Dr. Ofri Msenzon alerta as pessoas com diabetes tipo 2 para que estejam “mais conscientes dos seus fatores de risco e os médicos precisam de ser ativos a rastreá-los”, uma vez que “hoje em dia, é possível controlar este risco por meio de tratamentos com benefícios cardiovasculares comprovados, conforme recomendado em várias diretrizes de tratamento”.

“A doença cardiovascular é a principal causa de incapacidade e morte entre pessoas com diabetes tipo 2. Até há pouco tempo, a ligação entre a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares não era totalmente valorizada à escala global”, conclui Stephen Gough, diretor médico na Novo Nordisk.

PR/HN/João Marques

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