No Dia Mundial do Coração (que se assinala amanhã), o alerta é dirigido aos Cerca de 50% dos doentes com Insuficiência cardíaca que têm deficiência de ferro, que agrava a capacidade funcional destes doentes através de uma redução dos níveis de energia, menos tolerância ao esforço, mais cansaço e menor capacidade de realizar as atividade diárias.
Por isso mesmo, “é fundamental que todos os doentes com Insuficiência Cardíaca façam a análise para despiste de deficiência de ferro, com ou sem anemia, não só numa primeira abordagem, mas ao longo do tempo, nas suas análises de rotina”, de acordo com Cândida Fonseca, Cardiologista na Clínica de Insuficiência Cardíaca do Hospital São Francisco Xavier.
A Insuficiência Cardíaca é uma doença do foro cardiovascular que ocorre quando o coração não é capaz de bombear sangue em quantidade suficiente para cumprir as necessidades do corpo. Esta condição carateriza-se por um “processo inflamatório constante que dificulta a utilização do ferro mesmo quando as reservas estão normais. É a chamada ferropenia funcional”, segundo a especialista.
A deficiência de ferro e a anemia agravam a condição destes doentes.
Segundo dados do trabalho Iron deficiency in chronic heart failure, os 50% da população com insuficiência cardíaca dividem-se entre doentes com deficiência de ferro (33%) e doentes com deficiência de ferro e anemia (17%).
É possível corrigir estas deficiências no sangue que impedem a criação de glóbulos vermelhos através de medicação específica com ferro intravenoso.
Segundo Cândida Fonseca, a deficiência de ferro “deve ser monitorizada através das análises de rotina, que devem ser realizadas, pelo menos, duas vezes por ano”. Para a especialista, esta é a única forma de conseguir detetar a deficiência de ferro, uma vez que “os sintomas associados, como a palidez, a falta de força, energia ou cansaço extremo, são também os sintomas da própria insuficiência cardíaca, e, por isso, facilmente confundidos”.
PR/HN/João Marques
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