Para assegurar a cessação da greve, que tinha sido convocada por outra estrutura sindical da Administração Pública, a Administração da ULS de São João comprometeu-se a pagar a maior parte dos valores em dívida já no mês de março, sendo que só em produção adicional a ULS vai pagar este mês perto de 2 milhões de euros, explica o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, Pedro Costa, citado em comunicado de imprensa.
“É um ponto importante, pois vem resolver os atrasos dos pagamentos aos profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, e que, em alguns casos, ultrapassava mesmo os seis meses”, justifica Pedro Costa.
Apesar do acordo, que suspende no imediato uma greve que nas últimas três semanas levou ao adiamento de cerca de 700 cirurgias que seriam realizadas em regime de produção adicional, o presidente do SE confirma que há ainda problemas para resolver.
“A Administração da ULS de São João vai agora constituir uma equipa que irá analisar de que forma pode valorizar a participação dos profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, neste processo de cirurgias em produção adicional”, diz Pedro Costa. É um trabalho que o próprio presidente do sindicato admite ser “difícil de executar, pois são várias categorias profissionais a que é preciso dar uma resposta positiva” – “mas estamos convictos que será possível encontrar um bom entendimento entre todos”, acrescenta.
O Sindicato dos Enfermeiros – SE “vai manter-se atento e em conversações com os enfermeiros, bem como o grupo de profissionais de saúde de várias categorias que mobilizaram este movimento, que, agora, veem parte das suas reivindicações resolvidas”. Pedro Costa sublinha ainda a convicção de que “o caso da ULS de São João pode servir de referência para outras Unidades Locais de Saúde onde se realiza SIGIC, pelo que o SE, como sempre, estará disponível para colaborar com os enfermeiros e demais profissionais de saúde na resolução dos problemas”.
PR/HN
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