Lisboa e Vale do Tejo regista 89% dos novos casos

5 de Junho 2020

A região de Lisboa e Vale do Tejo tem “números de incidência relativamente elevados” em relação ao resto do país, representando 89% dos novos casos de covid-19 hoje registado, disse a diretora-geral da Saúde.

Na conferência de imprensa diária de atualização da informação sobre a pandemia de covid-19, Graça Freitas afirmou que foram identificados em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) 336 dos 377 novos casos, correspondendo a 89% do total.

“A situação em LVT tem sido acompanhada com muita atenção, porque de facto as outras regiões apresentaram uma tendência decrescente, até acentuada, e Lisboa uma tendência estável, mas com números de incidência relativamente elevados em relação ao restante país. Por isso é que em Lisboa temos focado a nossa atenção”, disse Graça Freitas.

Segundo a diretora-geral da Saúde, tem sido dada “uma atenção enorme” ao serem testados “milhares de pessoas”.

Graça Freita sublinhou que esta testagem “tem o grande objetivo de identificar os casos positivos que não estejam sintomáticos” e retirá-los do convívio habitual para os isolar, evitando que “as cadeias de transmissão se continuem a verificar”.

Além da testagem, Graça Freitas destacou também a “grande intervenção” das autoridades de saúde, autarquias, segurança social e forças policiais que têm “assegurado e garantido” que as pessoas cumpram o isolamento.

A mesma responsável frisou ainda que se trata de um “esforço comunitário muito importante para conseguir que a situação em Lisboa estabilize, comece a descer e acompanhe a do resto do país”.

Na intervenção inicial da conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde revelou que já foram feitas cerca de 13.500 colheitas para diagnóstico da covid-19 pelo INEM em empresas da Grande Lisboa e na Azambuja.

António Lacerda Sales avançou que na quinta-feira foram realizadas 5.000 colheitas.

A estratégia continua a ser “identificar, testar e isolar estes focos”, acrescentou.

O secretário de Estado foi questionado sobre o aumento do número de internados com covid-19 nos hospitais Beatriz Ângelo, em Loures, e Amadora-Sintra e com o facto de doentes estarem a ser transferidos destas unidades de saúde para outros hospitais devido à falta de camas nos cuidados intensivos.

“Temos uma rede de capacidade ventilação nos hospitais com suficiente expansibilidade para fazer face às necessidades que vierem a surgir”, respondeu, sublinhando que preocupação “é agora centrada na região de LVT”.

António Lacerda Sales deu ainda conta que a taxa de ocupação de camas nos hospitais portugueses é atualmente de 62%, dos quais entre 16 a 20 % é por covid-19.

Portugal contabiliza pelo menos 1.465 mortos associados à covid-19 em 33.969 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Relativamente ao dia anterior, há mais 10 mortos (+0,7%) e mais 377 casos de infeção (+1,1%).

O número de pessoas hospitalizadas subiu de 445 para 475, das quais 64 se encontram em unidades de cuidados intensivos (mais seis).

LUSA/HN

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