A maioria dos casos são homens com idades entre os 20 e os 49 anos, 44% em contexto de transmissão sexual, sem casos graves ou mortais reportados, informa a DGS na sua página da Internet.
“O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) identificou, entre os confirmados, seis casos das estirpes do vírus da hepatite A anteriormente identificada no surto que ocorreu entre 2016-2018, afetando vários países europeus, incluindo Portugal”, salientou a DGS na mesma nota.
A DGS adiantou que, até ao momento, “não parece haver associação com o eventual consumo de alimentos específicos”.
“Até à data, e de acordo com a informação disponível dos casos notificados, não parece haver associação com o eventual consumo de alimentos específicos, nomeadamente morangos, tendo em conta o alerta de segurança alimentar da Europa sobre a deteção e pré-venda, em Espanha, de lotes de morangos contaminados com vírus de Hepatite A oriundos de Marrocos, país endémico de hepatite A”, indicou.
Embora esteja em curso uma investigação epidemiológica, é verificado “um aumento de número de casos reportados em janeiro e fevereiro de 2024, em comparação com igual período de anos anteriores”.
Em 2020, foram reportados quatro casos, entre janeiro e fevereiro, em 2021, dois casos, em 2022, seis casos, em 2023, dois casos, e em 2024, 18 casos.
Entre 2020 e 2023 foram contabilizados 102 casos.
A DGS recomenda a notificação dos casos suspeitos no SINAVEmed (https://sinave.minsaude.pt/), a realização de um inquérito epidemiológico e a notificação de imediato pelos laboratórios de casos confirmados.
A DGS aconselha ainda o reforço das medidas de saúde pública, como a mensagem da higiene e segurança alimentar, incluindo a lavagem das mãos antes e depois das refeições e a higienização dos espaços de confeção de alimentos, e a lavagem frequente das mãos e higiene pessoal, especialmente da região genital e perianal, particularmente, antes e após o uso de instalações sanitárias e antes e após as relações sexuais.
Também é solicitado um fortalecimento da vacinação.
Segundo a DGS, os contactos de casos confirmados – coabitantes e contactos sexuais – devem ser vacinados até duas semanas após a última exposição.
Se forem ultrapassadas as duas semanas e a vacina não estiver indicada, a pessoa deve ser aconselhada a estar vigilante relativamente à sintomatologia e a reforçar medidas adequadas para impedir eventual transmissão, uma vez que esta pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas.
A DGS destaca ainda a promoção de estratégias de comunicação e promoção da saúde em colaboração com a sociedade civil, em especial na comunidade LGBT+.
A vacina contra a hepatite A está disponível mediante prescrição médica, em farmácias comunitárias, indica.
LUSA/HN
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