Volkswagen mantém previsões de lucros e de investimentos para 2020 apesar da pandemia

30 de Setembro 2020

O presidente executivo (CEO) do grupo automóvel alemão Volkswagen, Herbert Diess, reiterou hoje na assembleia-geral de acionistas que espera alcançar lucros operacionais em 2020 e confirmou os investimentos previstos apesar da pandemia da covid-19.

Diess disse na assembleia-geral de acionistas realizada virtualmente em Berlim que, no entanto, este lucro será muito menor do que o obtido no ano passado.

“Até agora este ano, o desempenho económico da empresa foi fortemente influenciado pela pandemia da covid-19, embora os negócios tenham recuperado até agora na segunda metade do ano”, acrescentou o presidente do grupo VW.

As entregas mundiais diminuíram nos primeiros oito meses do ano para 5,6 milhões de unidades (-21,5%).

Na China, o principal mercado único da VW, as entregas caíram 11,5% até agosto, mas na Europa Ocidental caíram 30,9% devido à pandemia.

A queda nas vendas na China é a mais baixa de todas as regiões, enquanto que a da Europa Ocidental é a mais alta.

A Volkswagen, que tinha uma liquidez líquida no setor automóvel de 18,7 mil milhões de euros no final do segundo trimestre, espera que as entregas e encomendas de automóveis em setembro excedam as do mesmo mês em 2019.

“A transformação da empresa não será paralisada pela covid-19, mas até vai ser acelerada”, de acordo com Diess.

O Grupo Volkswagen planeia investir 33 mil milhões de euros até 2024 em mobilidade elétrica, com o objetivo de se tornar o líder de mercado em veículos elétricos.

Um importante fator de sucesso é o novo sistema operativo VW.OS, que está a ser desenvolvido pela Car.Software.Org e será utilizado pela primeira vez no projeto Audi Artemis.

O grupo investirá 14 mil milhões de euros até 2024 na expansão das capacidades de tecnologias e informação e de condução autónoma.

Diess acredita que a evolução do automóvel para um dispositivo de mobilidade totalmente ligado durante os próximos dez anos será muito mais abrangente do que a transformação da tecnologia de propulsão.

A direção e o conselho de supervisão propuseram um dividendo de 4,80 euros por ação ordinária e de 4,86 euros por ação preferencial para 2019, baixando assim o montante que inicialmente planeavam distribuir aos acionistas (6,50 euros por ação ordinária e 6,56 euros por ação preferencial).

Diess disse que o ajustamento tem em conta os “enormes efeitos da pandemia” para a Volkswagen.

“Todas as previsões a médio e longo prazo estão sujeitas a uma incerteza considerável e dependem da evolução da pandemia”, advertiu Diess.

 

NR/HN/LUSA

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Promessas por cumprir: continua a falta serviços de reumatologia no SNS

“É urgente que sejam cumpridas as promessas já feitas de criar Serviços de Reumatologia em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde” e “concretizar a implementação da Rede de Reumatologia no seu todo”. O alerta foi dado pela presidente da Associação Nacional de Artrite Reumatoide (A.N.D.A.R.) Arsisete Saraiva, na sessão de abertura das XXV Jornadas Científicas da ANDAR que decorreram recentemente em Lisboa.

Consignação do IRS a favor da LPCC tem impacto significativo na luta contra o cancro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a reforçar o apelo à consignação de 1% do IRS, através da campanha “A brincar, a brincar, pode ajudar a sério”, protagonizada pelo humorista e embaixador da instituição, Ricardo Araújo Pereira. Em 2024, o valor total consignado pelos contribuintes teve um impacto significativo no apoio prestado a doentes oncológicos e na luta contra o cancro em diversas áreas, representando cerca de 20% do orçamento da LPCC.

IQVIA e EMA unem forças para combater escassez de medicamentos na Europa

A IQVIA, um dos principais fornecedores globais de serviços de investigação clínica e inteligência em saúde, anunciou a assinatura de um contrato com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para fornecer acesso às suas bases de dados proprietárias de consumo de medicamentos. 

SMZS assina acordo com SCML que prevê aumentos de 7,5%

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) assinou um acordo de empresa com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que aplica um aumento salarial de 7,5% para os médicos e aprofunda a equiparação com a carreira médica no SNS.

“O que está a destruir as equipas não aparece nos relatórios (mas devia)”

André Marques
Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights