Enfermeiras do Hospital Garcia de Orta impedidas de avaliação de desempenho por terem estado grávidas

17 de Julho 2024

Mais de 50 enfermeiras no Hospital Garcia de Orta, agora Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal, enfrentam a falta de avaliação de desempenho devido ao facto de terem estado grávidas e usufruído da licença de maternidade.

O Sindicato dos Enfermeiros (SE) denunciou essa situação, descrevendo-a como uma discriminação grave e exigindo a intervenção urgente da Ministra da Saúde.

Segundo relatos do SE, as enfermeiras estão sendo notificadas da decisão da administração devido à sua ausência de avaliação de desempenho. Esta decisão baseia-se no período em que as enfermeiras estiveram grávidas entre 2014 e 2022, e a sua progressão na carreira foi afetada pelo Decreto-lei n.º 80-B/2022.

O SE destaca que as enfermeiras têm direito ao arrastamento da nota obtida no biénio anterior, de acordo com a Lei da Parentalidade, mas a Unidade de Saúde não está seguindo essa prerrogativa legal. Em vez disso, estava exigindo que as enfermeiras se submetessem a uma avaliação por ponderação curricular, o que tem sido inviável para muitas delas que priorizam a maternidade.

Diante dessa situação, o SE notificou a Administração Central do Sistema de Saúde e solicita uma intervenção imediata do Ministério da Saúde para corrigir essa violação grosseira dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição.

NR/PR/HN

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