Dos 435 vagas postas a concurso pelo Governo para a categoria de assistente na área de Medicina Geral e Familiar, que de acordo com o próprio Aviso do concurso informava que iriam iniciar atividade assistencial no início deste mês, 125 (23%) ficaram desertas. Isto não obstante a lista de candidatos habilitados a concorrer somar 444 médicos.
A recusa dos 125 médicos em aceitar os lugares oferecidos deixa sem médico de família cerca de 250 000 utentes. Se aqueles adicionarmos os 559 que se irão reformar este ano e os 697 que a Administração aponta que se reformarão em 2021, teremos um total de 2.3 milhões de utentes sem médico de família até ao final de 2021 que se irão juntar aos cerca de 500 mil que atualmente não o têm.
Já o número de jovens especialistas que acederam em exercer nos locais com vagas disponíveis permitirá suprir a falta de médico de família a cerca de 600 mil utentes.
De acordo com fontes contactadas pelo Healthnews, as razões da recusa em preencher vagas prende-se com diferentes razões. Desde logo, o facto de muitas se localizarem em áreas geográficas muito distantes das residências dos candidatos. Outra das razões apontadas é a pressão do setor privado, que está a contratar jovens especialistas oferecendo condições muito mais vantajosas das que oferece o SNS. Há ainda um número considerável de candidato que manifesta a intenção de emigrar para países onde as condições de trabalho e remuneratórias são bastante melhores dos que as oferecidas em Portugal.
MMM
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