Mpox: Sudão do Sul declara surto de varíola após primeiro caso confirmado na capital

6 de Fevereiro 2025

O Ministério da Saúde do Sudão do Sul declarou hoje um surto de varíola no estado meridional de Equatoria Central, onde fica a capital, Juba, depois de confirmar, quinta-feira, o primeiro caso registado no país.

“O primeiro caso foi notificado a 06 de fevereiro de 2025 no Hospital Gudele, a partir de um cidadão ugandês residente no campo de Kupuri, em Juba. O caso confirmado encontra-se em isolamento e está a ser tratado no Hospital Gudele”, anunciou o ministro da Saúde do Sudão do Sul em exercício, James Hoth Mai.

A representação da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Sudão do Sul indicou, em comunicado, que as autoridades mobilizaram uma equipa de peritos para trabalhar com a agência da ONU e outros parceiros para realizar “uma investigação detalhada no terreno” e enumerar todos os contactos do paciente confirmado como estando infetado com o vírus monkeypox (mpox).

O representante da OMS no Sudão do Sul, Humphrey Karamagi, recordou que a declaração do surto de varíola permite aos cidadãos tomar as medidas necessárias para o conter e às autoridades libertar os recursos necessários para o combater.

O Sudão do Sul torna-se assim o 22.º país afetado pela varíola em África, segundo Karamagi.

Após a declaração do surto, as autoridades vão vigiar cinco pontos principais de entrada no país para detetar casos suspeitos de varíola provenientes de “países vizinhos de alto risco, como a República Democrática do Congo (RDCongo), o Uganda e o Quénia”, segundo a OMS.

O vírus da varíola é encontrado principalmente na África central e ocidental, onde é transmitido de animais para seres humanos.

A doença caracteriza-se por febre, gânglios linfáticos inchados e uma erupção cutânea característica.

É geralmente ligeira, mas pode ser fatal, e as crianças, as mulheres grávidas e as pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos correm um risco acrescido de complicações.

A transmissão de pessoa para pessoa pode ocorrer através do contacto direto com fluidos corporais, gotículas respiratórias ou materiais contaminados, como a roupa de cama.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Malária matou 31 angolanos por dia em 2024

A malária matou 11.447 pessoas em Angola em 2024, uma média de 31 mortes por dia em quase 12 milhões de casos notificados no ano passado, anunciaram hoje as autoridades angolanas, garantindo investimentos na prevenção e tratamento.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights