Caso seja aprovado pela EMA, o aducanumab será o primeiro medicamento na Europa com capacidade para atrasar o processo degenerativo da Doença de Alzheimer e mudar significativamente o curso desta patologia.
Os dados clínicos da utilização de aducanumab em doentes com Défice Cognitivo Ligeiro devido a doença de Alzheimer e doença de Alzheimer ligeira demonstram que a remoção da proteína beta-amiloide provoca uma melhoria dos resultados clínicos.
“A doença de Alzheimer tem um impacto significativo e crescente para as populações e sociedades mais envelhecidas em todo o mundo. Acreditamos que aducanumab representa o primeiro avanço na mudança do curso desta doença devastadora”, explica Michel Vounatsos, CEO da Biogen. Acrescenta ainda que “estamos empenhados em colaborar com as autoridades regulamentares em todo o mundo, tendo especial atenção à revisão do Pedido de AIM iniciada agora pela EMA”.
Já Haruo Naito, CEO da Eisai, destaca: “Atualmente não existem tratamentos disponíveis que impactem a progressão da doença de Alzheimer ao abordar a fisiopatologia subjacente à doença. O potencial que aducanumab pode ter no atraso efetivo do processo degenerativo da doença traz uma nova esperança às pessoas e famílias que vivem com esta realidade devastadora. A aceitação do pedido de AIM pela EMA é um marco muito importante, ao mesmo tempo que trabalhamos no sentido de disponibilizar este novo tratamento em todo o mundo.”
Este medicamento é um anticorpo monoclonal humano. Com base nos dados clínicos de doentes com Défice Cognitivo Ligeiro devido a doença de Alzheimer e doença de Alzheimer ligeira, aducanumab tem o potencial de impactar a fisiopatologia subjacente à doença, de atrasar o declínio cognitivo e funcional, e de beneficiar a capacidade dos doentes de realizar atividades quotidianas, nomeadamente a gestão de finanças pessoais, a realização de tarefas domésticas – como limpar, fazer compras e lavar roupa – e sair de casa de forma autónoma.
Nos Estados Unidos, o aducanumab encontra-se ainda em processo de avaliação por parte da agência norte-americana de medicamentos, a FDA.
PR/João Marques
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