Nessa mesma nota, a associação invoca nove pontos nos quais discorda do modelo, e faz sugestões. A primeira prende-se com uma “reorganização do Sistema Integrado de Emergência Médica, nomeadamente, a gestão dos meios de socorro”, que, por vezes, refere a associação “duplicação do envio de meios, bem como, noutras, ausência do envio dos referidos meios, bem assim, como o atraso destes”.
O segundo ponto refere-se ao modelo de formação em Emergência Pré-hospitalar como “insuficiente, desadequando, assimétrico e discriminatório, criando cidadãos de 1a, 2ª”, face à falta de qualificação de alguns dos técnicos e à pouca uniformização dos meios de socorro. “É imperativo que o mesmo seja, revisto, com a maior urgência, sem assimetrias, estendido aos restantes parceiros do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), especialmente na formação dos nossos Técnicos, de forma apropriada e proporcional àquilo que são as exigências de uma formação rigorosa de um Técnico, a fim de não comprometer a mesma, tornando esta, um verdadeiro exemplo educacional, impar que deverá ser usufruído ao máximo”, acrescenta o comunicado.
A ANBAPC manifesta-se ainda contra a ausência de planeamento, que “implicou falhas graves (…) para transporte de doentes de Covid-19”, e pede um investimento na Emergência Pré-Hospitalar e nos parceiros do SIEM que deverá ser utilizado para garantir condições de segurança e em equipamento em falta nas ambulâncias, “que alegadamente, não dispõem do equipamento, vertido no Regulamento de Transporte de Doentes. Regulamento, este, que carece urgentemente de uma revisão profunda, de por forma a dotar os meios de socorro, dos equipamentos adequados, que permitam, uma assistência de qualidade ao doente urgente/emergente”, pode ler-se na nota de imprensa.
Mas as queixas não ficam por aí, e a ANBAPC refere-se ainda ao atual modelo “Posto de Emergência Médica” como “esgotado”, e pede uma revisão do mesmo para que se torne mais eficaz e deixe de ser “um método de promoção da imagem do INEM”, uma vez que “mais de 80% da atividade em Emergência Pré-Hospitalar é efetuada pelos Corpos de Bombeiros”, garante a associação.
É ainda pedida a divulgação dos n´meros de transportes de doentes Covid-19, com discriminação entre os que foram transportados pelos parceiros do SIEM, e não apenas os efetuados pelo INEM.
Por fim, pede-se uma reavaliação do SIEM à luz da atual pandemia de Covid-19.
PR/HN/João Ruas
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