Investigadores desenvolvem novo penso para feridas crónicas

17 de Novembro 2020

Dois investigadores da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) vão desenvolver um novo penso para tratar feridas crónicas, sobretudo nas pessoas idosas e acamadas, foi esta terça-feira anunciado.

O projeto “HIDGUP – Hidrocolóide de Galactomanana: Nova abordagem no tratamento de úlceras de pressão” foi distinguido com bolsa de inovação e empreendedorismo StartUp Voucher, atribuído pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), refere um comunicado da instituição de ensino.

O projeto tem como objetivo desenvolver um novo penso, “mais económico e eficaz, para o tratamento de feridas crónicas, como as úlceras de pressão”, sobretudo para a população idosa e acamada.

Em alternativa aos pensos já existentes no mercado, os investigadores Carolina Melo e Rúben Nunes propõem uma nova gama de pensos hidrocolóides, constituídos por “polissacarídeos extraídos da planta ‘Adenanthera pavonina'”.

Os especialistas consideram que este novo produto “pode afirmar-se como uma alternativa viável e eficaz, para a resolução de um problema de saúde pública com grande impacto financeiro e social”, salienta o comunicado da ESTeSC-IPC.

“Predominantes sobretudo na população idosa e acamada, as úlceras de pressão são provocadas pela diminuição de circulação sanguínea e habitualmente tratadas com recurso a pensos que promovem a regeneração de tecidos e aceleram o processo de cicatrização”, explica a nota.

A ESTeSC-IPC realça que o tipo de materiais utilizado “é ainda dispendioso” e estima que o tratamento de feridas crónicas tenha um impacto financeiro de quatro a seis mil milhões de euros por ano nos sistemas de saúde europeus.

Durante os próximos meses, os investigadores Carolina Melo e Rúben Nunes, licenciados em ciências biomédicas laboratoriais, vão receber até 12 meses de financiamento da bolsa inovação e empreendedorismo StartUp Voucher, atribuída pelo IAPMEI.

Os primeiros ensaios microbiológicos vão ser realizados nos laboratórios da ESTeSC, prevendo-se que o primeiro protótipo do novo penso seja apresentado no início de 2021.

LUSA/HN

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