O objetivo é garantir a participação dos cidadãos no planeamento, implementação e avaliação deste Plano de vacinação.
Para a APDP, A definição dos grupos prioritários e respetiva estratégia de vacinação deve ser clara e transparente para toda a comunidade. A associação adianta que é fundamental que as pessoas com doenças crónicas se sintam protegidas e acompanhadas neste processo dado o risco aumentado que têm face às formas graves de Covid-19. As organizações da sociedade civil, pela sua proximidade aos cidadãos, podem e devem ser também elementos fundamentais nos aspetos de comunicação de factos e instruções fidedignas, credíveis e adequadas aos respetivos públicos-alvo.
“A pandemia do novo coronavírus exige soluções claras para as pessoas com doenças crónicas e, mais uma vez, a Sociedade Civil está a ser esquecida. É importante que, para uma estratégia eficaz de vacinação para a COVID-19, exista planeamento, organização, transparência e clareza na comunicação e definição de quem vai ter acesso, numa primeira fase, à vacina. E, apesar de este ser um período de incerteza, as pessoas com risco acrescido de complicação de infeção não podem ficar reféns da desinformação” afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.
A APDP acredita que o conhecimento científico sobre a nova vacina ainda é reduzido e que é necessário reunir mais e elaborar um plano que dê confiança às pessoas, com a ajuda das associações envolvidas no combate à pandemia junto de pessoas com doença crónica.
“Tem de ser realizada uma análise à ordem de prioridade na distribuição desta vacina. Há pessoas com diabetes que continuam a deslocar-se para o local de trabalho, em transportes públicos e, como tal, estão mais expostas. Numa sociedade que se diz inclusiva e promotora da participação, é importante que haja abertura e disponibilidade do Governo para ouvir as organizações da Sociedade Civil, para avaliarmos em conjunto quais são as pessoas em situações mais vulneráveis e quais os critérios de distribuição das vacinas. Depois desta audição, o Governo pode e deve tomar as medidas que considerar necessárias.” defende José Manuel Boavida.
PR/HN/João Marques
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