O Instituto Butantan de São Paulo, um dos principais centros de investigação médica do Brasil, será responsável pela produção da vacina Sinovac, que já está a ser administrada no país, bem como a vacina do consórcio farmacêutico britânico-sueco.
“A previsão é que os 8,6 milhões de novas doses comecem a ser libertadas para a imunização dos brasileiros a partir de 23 de fevereiro”, disse o governo estadual de São Paulo num comunicado.
Até agora, cerca de 10 milhões de unidades da vacina da Sinovac e outros dois milhões da vacina desenvolvida conjuntamente pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford foram distribuídas no Brasil.
Segundo dados dos secretariados regionais de Saúde, cerca de 3,5 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma destas duas vacinas.
Além disso, o Instituto Butantan espera receber na próxima quarta-feira mais 5.600 litros de matéria-prima que permitirão a produção de mais 8,7 milhões de doses da chamada “Coronavac”.
Também este sábado, outro lote de matéria-prima para a produção de 2,8 milhões de doses da vacina AstraZeneca chegou ao aeroporto internacional de Galeão, no Rio de Janeiro.
Esta é a primeira remessa a chegar ao Brasil com os ingredientes para a produção do imunizador britânico-sueco, que será realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), outro importante centro de investigação científica de referência no Brasil.
“É um momento de grande expectativa e estamos certos de que iremos produzir esta vacina eficaz e segura para o Programa Nacional de Imunização”, disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.
Além disso, a entidade espera receber antes do final do mês dois outros lotes, que tornarão possível a criação de mais de 15 milhões de doses da vacina até março, de acordo com uma nota do Ministério da Saúde.
De acordo com dados oficiais, o Brasil tem 231.012 mortes associadas à covid-19, tendo sido comunicados 978 óbitos nas últimas 24 horas, e cerca de 9,5 milhões de casos confirmados da doença, numa altura em que enfrenta uma segunda vaga da pandemia.
O Brasil, com uma população de cerca de 212 milhões de habitantes, é o segundo país do mundo com mais mortes ligadas ao novo coronavírus, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais infetados, depois dos Estados Unidos e da Índia.
LUSA/HN
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