Em comunicado enviado às redações, o presidente da Junta de Alvarães, Fernando Martins, adiantou que, com a abertura da extensão de saúde da freguesia, na margem esquerda do rio Lima, “evitará a deslocação da população a serviços de outras freguesias”.

“Estamos em condições de garantir que até final do mês a nossa extensão de saúde vai estar em funcionamento, depois de vários meses encerrada devido aos condicionalismos impostos pela pandemia de covid-19”, adiantou Fernando Martins.

O autarca adiantou que, “nos últimos dias”, recebeu “informação da Câmara de Viana do Castelo, apontando o final do mês como prazo para a conclusão dos últimos trabalhos naquela unidade, que teve de ser relocalizada por falta de condições estruturais do espaço que ocupava antes da pandemia de covid-19”.

“Temos feita muita pressão para acelerar este processo porque vai fazer toda a diferença na vida das pessoas, sobretudo no contexto de tanta ansiedade e pressão em que todos vivemos. Ainda não são as condições ideais, mas já damos um importante passo”, admitiu Fernando Martins.

Essa extensão de Alvarães foi transferida para uma “estrutura móvel”, com circuitos de entrada e saída, dois gabinetes médicos, dois de enfermagem, uma sala de tratamento, duas salas de apoio e uma área administrativa.

Em outubro de 2020, o vereador da Câmara de Viana do Castelo com o pelouro da promoção da saúde, Ricardo Rego, anunciou a reabertura de algumas de cinco das 10 extensões de saúde do concelho de Viana do Castelo, sendo que para as restantes, como a de Alvarães, estavam a ser encontradas soluções estruturais para retomar o atendimento aos utentes.

Na altura, Ricardo Rego disse que a abertura faseada das extensões de saúde resultou de um protocolo estabelecido entre a Câmara e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), com o envolvimento das juntas de freguesia.

Estas extensões de saúde “permitem aliviar a pressão sobre os três centros de saúde do concelho, no centro da cidade de Viana do Castelo e nas vilas de Barroselas e Darque”, mas a sua reabertura tem vindo a ser feita de forma gradual, “devido à necessidade de cumprir as orientações do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde (DGS)”.

Em novembro de 2020, o presidente da Câmara, José Maria Costa, informou da formalização, em 2021, de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de um milhão de euros, para a construção de um novo centro de saúde em Alvarães, na margem esquerda do rio Lima.

O socialista adiantou que a autarquia irá “ceder o terreno”, na envolvente do cemitério da freguesia, e “apoiar financeiramente o novo equipamento, garantindo a componente nacional para que o projeto avance rapidamente”.

Na altura, José Maria Costa explicou que a construção daquela unidade foi avaliada em parceria com ULSAM, concluindo-se que Alvarães “reúne os requisitos técnicos essenciais para ter um centro de saúde”.

“Os centros de saúde existentes estão a trabalhar acima das suas possibilidades. Nas proximidades, o centro de saúde de Barroselas não é suficiente para acudir a todas as situações. O novo equipamento a instalar em Alvarães irá reforçar as respostas no Vale do Neiva”, justificou, na ocasião, adiantando estar em curso “o projeto para a requalificação da envolvente do cemitério”, local onde ficará situada a nova unidade.

Para o presidente da Junta de Freguesia de Alvarães, “a solução [contentores] que agora será disponibilizada e que reforça a qualidade do atendimento, é ainda transitória, esperando que se concretize a candidatura anunciada pela Câmara Municipal ao PPR”.

Lusa/HN