“Precisamos de uma distribuição solidária de vacinas justamente financiada, pois não podemos permitir que a lei do mercado prevaleça sobre a lei do amor e da saúde de todos”, escreveu.
O papa reitera, assim, o “apelo aos líderes governamentais, empresas e organizações internacionais para trabalharem juntos no fornecimento de vacinas para todos, especialmente para os mais vulneráveis e necessitados”.
Sublinhando que o contexto pandémico em que vivemos “nos lembrou mais uma vez que ninguém é salvo sozinho”, Francisco enfatizou a necessidade de um “espírito de solidariedade global” que exige “uma redução significativa do peso da dívida das nações mais pobres, que foi exacerbada pela pandemia”.
Este “gesto profundamente humano” pode, acredita, “ajudar as pessoas a desenvolver-se, a ter acesso a vacinas, saúde, educação e empregos”.
“A noção de recuperação não se pode contentar em voltar a um modelo desigual e insustentável de vida económica e social, onde uma pequena minoria da população mundial detém metade da sua riqueza”, declarou.
O Papa desejou, por fim, que estes dias de encontros e deliberações criem “soluções sábias para um futuro mais inclusivo e sustentável”, no qual “as finanças estejam ao serviço do bem comum”.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.874.984 mortos no mundo, resultantes de mais de 132,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.890 pessoas dos 825.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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