“O processo de vacinação está a ter um incremento, que já tinha sido iniciado nas últimas semanas, mas vamos avançar ainda mais. O Hospital Divino Espírito Santo [em Ponta Delgada] vai passar a vacinar, os militares vão passar a vacinar. Temos aqui um processo de incremento de toda a vacinação”, declarou o governante.
Clélio Meneses falava ontem em Ponta Delgada, após ter reunido com o Conselho Médico da Ordem dos Médicos nos Açores.
O secretário regional disse que no Plano e Orçamento da região para 2021 está prevista uma “norma especifica para contratar em prestação de serviços mais profissionais de saúde para o processo de vacinação e testagem” no contexto da pandemia da Covid-19.
“Envolvendo mais pessoas na operação logística da vacinação pretendemos que esse processo decorra ainda [de forma] mais célere com cada vez mais rigor para que ultrapassemos esse problema”, apontou.
O governante alertou para a importância da vacinação contra a Covid-19, revelando que na ilha do Faial, no passado fim de semana, existiram cerca de 20% de pessoas que recusaram receber a vacina.
“Temos informação de que houve cerca de 20% de recusas o que é preocupante. O que pretendemos é que as pessoas se vacinem o mais possível. Ao mesmo tempo, temos informação de um caso dos óbitos que aconteceram nos Açores com Covid-19 foi uma pessoa que recusou a vacina”, revelou.
Clélio Meneses disse ainda que irá passar a existir uma “estratificação semanal etária” das pessoas vacinadas no arquipélago, para assegurar a “transparência” no processo de vacinação regional.
“Vai passar a haver uma estratificação semanal etária para que não haja dúvidas de quem é vacinado. Estamos a introduzir um conjunto de critérios de rigor, de transparência, de objetividade para que este processo decorra o melhor possível”, apontou.
O secretário regional da Saúde disse ainda estar prevista a chegada aos Açores de 130 mil doses da vacina contra a Covid-19 até ao final de junho.
A responsável pela Ordem dos Médicos nos Açores, Margarida Moura, enalteceu o aumento dos profissionais no processo de vacinação e apelou à vacinação em massa da população.
“Houve muita desinformação relativamente aos perigos da vacina. Nós temos sempre feito esse apelo junto da população: os riscos são mínimos comparado com os riscos da vacina. Todos os medicamente têm efeitos secundários e os da vacina são mínimos”, afirmou.
A 27 de abril, o secretário da Saúde dos Açores determinou a abertura “de processos disciplinares e de um inquérito para o cabal apuramento” de uma alegada vacinação indevida no centro de inoculação de Ponta Delgada, em São Miguel.
Desde o início da pandemia foram diagnosticados 4.964 casos positivos de Covid-19 nos Açores, tendo recuperado da doença 4.623 pessoas e falecido 31 pessoas.
LUSA/HN
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