Comissão de Medicina Intensiva distinguida com a medalha de ouro do Ministério da Saúde

21 de Maio 2021

A ministra da Saúde entregou esta sexta-feira a medalha de ouro do Ministério da Saúde à Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva, pelo trabalho desenvolvido no combate à pandemia.

“Pelo que nos cuidados intensivos nos ajudaram a fazer e pelo muito que ainda há a fazer”, disse Marta Temido, ao entregar a medalha de ouro ao presidente da comissão, João Gouveia.

A governante falava após inaugurar uma das maiores unidades de cuidados intensivos do país, no Hospital Santa Maria, em Lisboa, um investimento de 3,4 milhões de euros que vai permitir acrescentar 25 novas camas de cuidados intensivos, totalizando agora 44.

A unidade tem uma área de 1.300 m2, está apetrechada com equipamentos inovadores no valor de 1,8 milhões de euros e as 25 camas da nova UCI são todas de nível III, indicadas para doentes complexos que necessitam de suporte respiratório por falência multiorgânica.

Além do investimento estatal e de verbas próprias, o Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte (CHULN) teve doações de vários mecenas, como a Fundação Oriente, Cristiano Ronaldo e o empresário Jorge Mendes.

Depois de inaugurar a unidade, a ministra, na abertura de uma conferência sobre “A Requalificação da Medicina Intensiva do CHULN, EPE”, destacou a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia e o investimento feito para reforçar equipamentos e recursos humanos, sublinhado que agora se vive “um momento de interregno”.

Sublinhando que o combate à Covid-19 “ainda não terminou”, Marta Temido insistiu para que se mantivesse o rigor no cumprimento das medidas preventivas e que essa era a melhor forma de agradecer a todos os profissionais de saúde o trabalho desenvolvido.

Na sua intervenção, João Gouveia sublinhou a importância de o SNS ter capacidade de mudança e de ser uma estrutura flexível, sugerindo a manutenção, de futuro, de unidades de cuidados intensivos “adormecidas” que possam ser reativadas sempre que se justifique.

“Vamos ficar com 941 camas de cuidados intensivos, eram 641. Não podemos ficar iguais”, afirmou.

O especialista apontou ainda a importância da formação contínua dos profissionais, da aquisição de competências e da capacidade de diferenciação.

Presente da cerimónia, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, destacou a importância da política de cidades na melhoria dos estilos de vida e na prevenção de doenças.

O autarca apontou ainda o reforço da resposta e a modernização dos cuidados de saúde primários em Lisboa, com seis novas Unidades de Saúde Familiar (USF), abrangendo cerca de 30.000 pessoas: Alta de Lisboa, Alto dos Moinhos, Restelo, Beato, Marvilha e Ajuda.

Na abertura da conferência, o presidente do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), Fausto Pinto, insistiu na importância de um “verdadeiro estatuto” de hospital académico universitário, com regras e financiamento próprios.

LUSA/HN

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