Assassinados dois polícias que protegiam equipa de vacinação no Paquistão

9 de Junho 2021

Dois polícias encarregados de proteger uma equipa de vacinação contra a poliomielite foram esta quarta-feira assassinados no Paquistão, um dos dois países do mundo onde a doença ainda é endémica e onde estas equipas enfrentam ameaças constantes.

Os dois agentes foram atingidos a tiro quando regressavam de moto após protegerem uma equipa de vacinação no distrito de Mardan, no noroeste do país, disse um porta-voz da polícia local à agência Efe.

“Segundo as investigações iniciais, os polícias foram assassinados por proteger a equipa da pólio”, disse a fonte.

Os dois atacantes fugiram do local e foi lançada uma operação de busca para capturá-los.

Até agora, o ataque não foi reivindicado, segundo a agência Associated Press.

O homicídio ocorre ao terceiro dia de uma vasta campanha de vacinação que visa imunizar 33,6 milhões de crianças com menos de 5 anos contra esta doença, que pode provocar paralisia e atrofia muscular nas extremidades.

Cerca de 223.000 técnicos de vacinação estão envolvidos nesta campanha.

O Paquistão e o Afeganistão são os dois únicos países onde a poliomielite ainda é endémica, após a Nigéria ter sido declarada livre da doença no ano passado.

Grupos militantes paquistaneses atacam com frequência as equipas de vacinação e os polícias que as protegem por considerarem que vacinar é um ato anti-islâmico ou que as campanhas de vacinação são conspirações ocidentais para esterilizar as crianças.

O Paquistão é o epicentro mundial da poliomielite, com 84 casos registados em 2020, uma redução face aos 147 de 2019, mas ainda muito acima dos números dos anos anteriores, quando se registaram 12, 8, 20 e 54 casos, respetivamente.

LUSA/HN

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