A campanha, iniciativa da Presidência cabo-verdiana, visa a prevenção do consumo abusivo do álcool, um problema social em Cabo Verde e que já levou, entretanto, à aprovação de uma lei mais restritiva ao nível do consumo, em vigor desde 2019, tendo o seu impacto sido avaliado através de um estudo realizado de 15 a 22 de maio, em todo o país.
Na apresentação dos resultados do estudo, com uma base de 800 inquéritos, o coordenador da campanha, Manuel Faustino, revelou que 97% dos inquiridos revelou ter conhecimento da mesma e desses 98% “concordam” com a sua realização.
“O que para nós é extremamente gratificante”, afirmou, sublinhando que estes resultados são igualmente “um bom presente” para os cinco anos de intervenção desta campanha, que tem tido várias iniciativas públicas – como a petição para a instituição do Dia Nacional da Luta Contra o Alcoolismo em Cabo Verde -, aniversário que se assinala em 01 de julho.
Prevenir e reduzir o “uso abusivo de bebidas alcoólicas”, através de ações “que proporcionem mudanças de comportamento”, nomeadamente com a adoção de estilos de vida saudáveis “em articulação estreita com a redução do acesso às mesmas”, foram os objetivos gerais estabelecidos no lançamento da campanha.
O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, termina o segundo e último mandato este ano, com a realização de eleições presidenciais em 17 de outubro, e outra das conclusões do estudo é que a luta contra o alcoolismo no país foi a área de atuação do chefe de Estado com melhor avaliação nos últimos cinco anos.
De acordo com o estudo, 66% dos inquiridos deram nota positiva ou muito positiva à atuação nesta área ao Presidente da República, à frente da promoção da Cultura, das relações internacionais ou da promoção da Constituição.
“Também quisemos saber o que as pessoas pensavam, se a campanha devia continuar ou não. E 98% disseram que sim, que devia continuar”, acrescentou Manuel Faustino, durante a divulgação do estudo, no Palácio Presidencial.
Paralelamente, revelou o coordenador, a campanha “Menos Álcool, Mais Vida” vai realizar em julho, em parceria com o Instituto Nacional de Estatística (INE) de Cabo Verde, um estudo para “saber se a pandemia de Covid-19 teve impacto no consumo” e “qual o padrão do consumo da população cabo-verdiana”, que em 2015 era liderada pela aguardente, tradicional do arquipélago, seguida do vinho e depois a cerveja.
“Queremos perceber se os padrões se alteraram nos últimos anos”, explicou.
Promovida pela Presidência da República, a comissão de coordenação desta campanha é formada ainda pelos ministérios da Saúde, da Educação, da Família, e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
LUSA/HN
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