“O poder da ciência russa foi claramente revelado no ano passado, quando as pessoas em todo o mundo esperaram que os cientistas os salvassem da pandemia do coronavírus. E os nossos investigadores conseguiram criar uma vacina segura e eficaz, a Sputnik V, em tempo recorde”, disse o Presidente durante a cerimónia de entrega de prémios.
O Dia da Rússia, 12 de junho, comemora a declaração de independência da Federação Russa após a dissolução da União Soviética.
Putin premiou o diretor do Centro Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, Alexandr Guintsburg, o vice-diretor científico do centro, Denís Logunóf, e o chefe do Centro de Pesquisa em Defesa Radioquímica das Forças Armadas Russas, Sergei Borisevich.
Esta conquista, qualificada pelo presidente como um “triunfo”, permitiu à Rússia não só garantir o acesso dos cidadãos russos às vacinas, mas também ajudar outros países.
“E esta é uma responsabilidade do nosso país perante o mundo inteiro como uma das principais potências científicas”, disse Putin, lembrando que isso foi possível graças “ao conhecimento único adquirido durante a criação de outras vacinas”, como a droga russa contra o ébola.
De acordo com o presidente russo, os avanços dos cientistas russos “abrem caminho para a criação de outras tão esperadas vacinas contra muitas doenças virais perigosas”.
A Rússia continua, contudo, a registar um crescimento estável de novas infeções por coronavírus devido em grande parte à renitência da população em ser vacinada contra a doença apesar dos insistentes apelos das autoridades para que as pessoas sejam vacinadas.
No último dia, o país registou 399 mortes e um aumento de 13.510 novos casos, o que constitui um retrocesso face aos níveis observados em fevereiro passado, segundo as autoridades sanitárias.
Do total de infetados, 2.170 (16,1%) são assintomáticos.
Em Moscovo, principal foco da covid-19 no país, foram detetados 6.701 casos nas últimas 24 horas, o que representa o maior número de infeções registadas até agora neste ano.
Embora as autoridades tenham descartado um regresso à quarentena, alertaram que medidas administrativas serão aplicadas aos infratores, principalmente o uso de máscaras ou distanciamento social, e propuseram incentivos para promover a campanha de vacinação.
LUSA/HN
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