Semana Europeia do Teste da Primavera VIH-Hepatites de 15 a 22 de maio

15 de Maio 2020

A Semana Europeia do Teste da Primavera VIH-Hepatites celebra-se de 15 a 22 de maio de norte a sul do país

Portugal junta-se ao resto da Europa para participar na Semana Europeia do Teste da Primavera VIH-Hepatites com o objetivo de aumentar os esforços de testar e promover a sensibilização dos benefícios dos testes de VIH e hepatites e encorajar mais pessoas a tomarem consciência do seu estatuto serológico para a infeção pelo VIH e hepatite B e C.

A Semana Europeia do Teste da Primavera VIH-Hepatites celebra-se de 15 a 22 de maio de norte a sul do país. Ao longo destes dias, será possível fazer o teste de VIH e hepatites virais em várias instituições que nesta semana começam a abrir portas (mapa dos locais em anexo). Os testes são gratuitos, rápidos e anónimos.

Os efeitos da pandemia da Covid-19 são visíveis em todos os setores da sociedade. No entanto, as populações em maior risco para a infeção pelo VIH, hepatites virais, tuberculose e infeções sexualmente transmissíveis, dado um conjunto de fatores sociais e económicos, são particularmente vulneráveis ao encerramento de serviços de saúde e diminuição do acesso à prevenção, rastreio e ligação aos cuidados de saúde, sendo também, em muitos casos, os grupos com menor acesso não só a estruturas de saúde, como a tecnologias de informação, o que limita o seu acesso a respostas online e telefónicas, podendo este facto aumentar ainda mais a sua distância a serviços essenciais.

Porque é importante continuar a apoiar os esforços para #TestarTratarPrevenir o VIH, as hepatites virais e as ISTs e partilhar experiências em tempos de COVID-19, as organizações da sociedade civil que trabalham na área da saúde pública em Portugal têm feito um esforço para adaptaram os seus serviços de forma a continuarem a responder às necessidades destas populações.

Com diversas limitações, muitas destas organizações permanecem ativas na oferta de serviços que incluem o rastreio a infeções sexualmente transmissíveis, consultas médicas e de enfermagem presenciais (para casos sintomáticos) ou por telemedicina, referenciação e ligação a cuidados de saúde, distribuição de preservativos e gel lubrificante, materiais para consumo mais seguro e programas de substituição opiácea.

A Semana Europeia da Primavera do Teste do VIH e hepatites virais, que decorre de 15 a 22 de maio, organizada pela EuroTest, marca o compasso de uma iniciativa conjunta que reúne diferentes parceiros da área da saúde pública europeia e une esforços desde 2013 com o objetivo de promover o rastreio atempado e literacia em saúde nas áreas da infeção pelo VIH e hepatites virais.

Diversas organizações e peritos têm globalmente reforçado o papel central das comunidades e organizações da sociedade civil na resposta a esta pandemia, bem como a urgência de, em parceria com decisores políticos e estruturas formais de saúde, ser garantida a continuidade do acesso a serviços essenciais, de forma a que os ganhos obtidos nos últimos anos não sejam postos em risco.

Em Portugal, as organizações membro da Rede de Rastreio Comunitária, coordenada pela associação GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos – destacam/evidenciam a importância da manutenção destes serviços e a remoção de qualquer barreira no acesso a cuidados de saúde.
As emergências em saúde continuarão a existir no futuro, e é essencial que tenhamos capacidade de rapidamente nos adaptarmos a novas realidades e que, não comprometendo a resposta à esta pandemia, sejamos capazes de continuar a garantir que todas as pessoas que precisam de aceder à prevenção, rastreio, cuidados de saúde ou outros serviços de apoio, os tenham de forma atempada e de acordo com as suas necessidades.

Num período em que o rastreio presencial é difícil, investir em respostas adaptadas é possível. Fazer uso do autoteste ou da auto-recolha de amostras, criando novos programas ou aumentando o acesso a estes mecanismos de rastreio pode ser determinante para manter uma oferta de rastreio adequada.
Da mesma forma, a remoção de quaisquer barreiras que permaneçam no acesso a serviços de saúde e apoio para estas populações mantém-se como uma prioridade, de forma a mitigar o impacto desta pandemia nas franjas mais desfavorecidas da sociedade.

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