“É com muito orgulho que vemos hoje concluído este processo, que durou quase três meses, e que culmina com a chegada de 500 mil doses de vacina contra a Covid-19”, disse Osório Lucas, representante do setor privado, durante a cerimónia de receção das vacinas no Aeroporto Internacional de Maputo.
As 500 mil doses da vacina VeroCell foram adquiridas no âmbito da iniciativa “Unidos pela vacina contra a Covid-19 (Univax)”, uma plataforma criada pelo setor privado moçambicano, composta por 318 entidades de todas as províncias do país.
Segundo o responsável, as vacinas deverão abranger cerca de 250 mil pessoas, na sua maioria colaboradores das empresas, havendo 139 mil doses destinadas ao Ministério da Saúde moçambicano.
“Acreditamos que esta iniciativa seja apenas um embrião de um modelo que pode e deve continuar a ser reproduzido em Moçambique”, referiu Osório Lucas.
O ministro da Saúde, Armindo Tiago, agradeceu a iniciativa, considerando que vai acelerar o plano de vacinação contra a Covid-19 no país, “num período em que Moçambique está a registar um aumento de casos, internamentos e óbitos”.
“Acreditamos que com o rápido processo de vacinação poderemos salvar mais vidas e evitar o colapso do sistema nacional de saúde”, referiu o ministro.
Na ocasião, Armindo Tiago anunciou a chegada, em julho, de mais de 1,5 milhões de doses de vacinas adquiridas pelo Governo moçambicano.
Até agora, Moçambique recebeu em março uma primeira doação de 200 mil doses de vacinas oferecidas ao país pela China, seguindo-se um reforço de 100.000 doses oferecidas pela Índia e 384.000 pelo mecanismo Covax, uma iniciativa impulsionada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em prol da vacinação dos países pobres.
O objetivo é vacinar todos os adultos, cerca de 16 milhões de pessoas, um pouco acima de metade da população moçambicana.
A variante Delta do novo coronavírus, com origem na Índia, foi detetada em Moçambique, anunciaram as autoridades na última semana, alertando para os seus níveis de transmissão.
Moçambique tem um total acumulado de 872 mortes e 75.828 casos, dos quais 93% recuperados e 176 internados.
LUSA/HN
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