Numa nota divulgada na rede social Facebook, a Câmara de Oeiras, no distrito de Lisboa, adianta que o alargamento do horário para os utentes sem marcação para a vacinação contra a Covid-19 (para maiores de 40 anos, para toma por antecipação das segundas doses da AstraZeneca a partir de 8 semanas e para migrantes) foi determinado em articulação com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Oeiras e Lisboa Ocidental.
Até agora, o horário estipulado para os utentes sem marcação neste centro de vacinação, onde na manhã de ontem se registou uma longa fila de pessoas que contornava todo o complexo desportivo, era das 13:00 às 14:00 e das 18:00 às 19:00.
No comunicado, assinado pelo presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, o município refuta qualquer responsabilidade na “elevada afluência hoje [ontem] verificada” ao centro de vacinação instalado no Pavilhão Carlos Queiroz, atribuindo a “descoordenação” à convocatória feita pela ‘task-force’, que “omitiu a hora a que os utentes sem marcação antecipada se deveriam apresentar no centro de vacinação”.
“Só chegados ao local é que os utentes se aperceberam que o horário para a vacinação sem marcação era das 13:00 às 14:00 e das 18:00 às 19:00. Ora, isto provocou dificuldades na capacidade de resposta dos profissionais de saúde devido à afluência exponencial que criou”, lê-se na nota.
No comunicado, Isaltino Morais diz ainda que, assim que tomou conhecimento “de mais esta situação”, a que o município “é alheio”, deslocou-se de imediato ao local e solicitou “medidas imediatas para atenuar estes constrangimentos”, tendo, então, sido articulado o alargamento do horário para os utentes sem marcação.
Ao final da manhã, também o vice-almirante Gouveia e Melo, que coordena a ‘task-force’ responsável pelo processo de vacinação contra a Covid-19, se deslocou até no Pavilhão Carlos Queiroz, onde diariamente são vacinadas em média duas mil pessoas, para “perceber o que se passava ‘in loco’” e “tomar as medidas” necessárias para tentar que a concentração de pessoas “não volte a acontecer”.
Em declaração à Lusa, o responsável admitiu que a possibilidade de longas filas nos centros de vacinação era expectável devido ao aumento do ritmo do processo, mas reconheceu que é um problema e terá de ser resolvido.
“Já era expectável que isto acontecesse esta semana, face ao número de vacinas que vamos dar, mas é indesejável que as pessoas estejam tanto tempo na fila e vamos tentar melhorar o processo”, disse.
Entre as medidas possíveis, o vice-almirante Gouveia e Melo referiu a necessidade de um melhor esclarecimento dos horários do processo “casa aberta”, que agora permite a vacinação de pessoas com 45 ou mais anos sem agendamento prévio.
No sábado, o responsável explicou que Portugal iria acelerar o ritmo de vacinação devido à rápida disseminação da variante Delta de SARS-CoV-2, prevendo que seja possível vacinar cerca de 850 mil utentes por semana.
LUSA/HN
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