Hong Kong impõe quarentenas de 21 dias para residentes oriundos de países de alto risco

17 de Agosto 2021

Hong Kong vai reforçar as restrições de entrada para viajantes oriundos dos Estados Unidos e de mais 15 países a partir de sexta-feira, prolongando as quarentenas para 21 dias.

Anteriormente, os 15 países, que também incluem Espanha, França, Malásia, Tailândia e Países Baixos, eram classificados como de risco médio e os residentes tinham de cumprir apenas sete dias de quarentena, se estivessem totalmente vacinados (duas doses da vacina contra a Covid-19), tivessem testado positivo para anticorpos e comprovativo de reserva de quarto em hotel para a quarentena, antes de viajarem para a cidade.

Um ressurgimento de casos de Covid-19 nestes países devido à variante Delta levou a uma nova classificação daqueles países, que passam agora a ser de alto risco, e à adoção de medidas mais rigorosas, uma vez que se procurou “manter a barreira local contra a importação de Covid-19”, de acordo com um comunicado das autoridades locais.

As novas medidas surgiram depois de um residente ter regressado à região administrativa especial chinesa, proveniente dos EUA, no início deste mês, ter recebido um teste positivo para a Covid-19, apesar de ter já tomado duas doses da vacina e de ter dado positivo para anticorpos.

Também na sexta-feira, o período de quarentena obrigatória vai ser alargado de sete para 14 dias para viajantes oriundos da Austrália, totalmente vacinados e com um teste de anticorpos positivo.

A Austrália foi agora classificado como país do grupo B, ou de risco médio, onde Portugal também se integra.

Já os residentes do território oriundos da Nova Zelândia, o único país do grupo C ou de baixo risco, continuam a ter de fazer uma quarentena de sete dias, se totalmente vacinados.

As autoridades de Hong Kong impuseram restrições fronteiriças rigorosas e proibiram voos de países de risco extremamente elevado, na esperança de que a ausência de casos na comunidade local permita reabrir as fronteiras com a China.

Hong Kong não registava casos locais há cerca de dois meses, quando, no início deste mês, as autoridades identificaram anticorpos no sangue de um trabalhador da construção civil local, de 43 anos, sem história de viagens.

O trabalhador não estava vacinado, o que indica uma infeção local antiga, de acordo com as autoridades sanitárias locais.

Desde o início da pandemia, Hong Kong registou 12.037 casos de Covid-19 e 212 mortos.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.361.805 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,19 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.573 pessoas e foram registados 1.004.470 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

LUSA/HN

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