Sem experiência política e filiada no Chega desde fevereiro, a candidata considera que o concelho do distrito do Porto “não desenvolveu”, que a “maioria das pessoas que residem no concelho não são de lá e que até têm vergonha de dizer que são de Gondomar”.
“É um dormitório que não evoluiu, pelo que temos de começar pelo pequeno, a nível concelhio, para chegar ao grande, o país”, disse à Lusa Isabela Mendes, enfatizando que “não se considera uma política, mas alguém que quer lutar pela mudança” no concelho.
Para a candidata do Chega, “tudo o que foi feito pelo atual presidente [o socialista Marco Martins] já vem do tempo do major Valentim Loureiro [ex-presidente]”, apontando-lhe também erros, por exemplo, nas acessibilidades, relatando que “em algumas das zonas industriais um camião TIR não consegue dar a volta nas rotundas”.
Valentim Loureiro completou cinco mandatos como presidente da Câmara de Gondomar (entre 1993 e 2013) fruto de cinco atos eleitorais, nas três primeiras eleições foi o candidato do PSD e, nas duas autárquicas seguintes, apresentou-se como independente. Atualmente é vereador sem pelouro na câmara liderada pelo socialista Marco desde 2013.
“Gondomar é dos poucos concelhos da Área Metropolitana do Porto que não tem o Metro a chegar ao centro. Temos um hospital escola, mas que é privado, habitações sociais são parcas e de má qualidade, sem ser intervencionadas”, acrescentou.
Prosseguindo com o discurso crítico, apontou “no alto concelho zonas que estão super esquecidas” para salientar “a aposta no turismo” que a candidatura que lidera quer fazer e lamentou que, “num ano marcado pela pandemia, não tenha havido redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)”.
Nuno Pontes é o cabeça de lista à Assembleia Municipal nas eleições agendadas para 26 de setembro.
A Câmara de Gondomar é liderada por maioria pelo PS que, em 2017, elegeu seis vereadores, aos quais se somam dois eleitos pelo movimento independente de Valentim Loureiro, dois da CDU e um do PSD.
São já conhecidas as candidaturas à presidência da Câmara de Gondomar do líder da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Jorge Ascenção (PSD/CDS-PP), do atual presidente, Marco Martins (PS), da professora Cristina Coelho (CDU), do médico especialista em Neurologia e Medicina Intensiva Bruno Maia (Bloco de Esquerda), do advogado Rafael Corte Real (Iniciativa Liberal) e do assistente comercial Nuno Santos (PAN).
Em Portugal há 308 municípios (278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira), e 3.092 juntas de freguesia (2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira).
LUSA/HN
0 Comments