As medidas foram anunciadas num decreto do Governo e justificadas com o aumento de casos de infeção que só numa semana ascenderam a 1.500, correspondendo a 27% de todos os casos desde que o Covid-19 foi declarado na Guiné-Bissau em março de 2020.
O documento assinala que entre os dias 16 a 22 de agosto morreram 13 pessoas em consequência de infeção pelo vírus SARS-Cov-2, o que representa 33% de todas as mortes registadas no país até aqui.
O Governo decidiu declarar o estado de calamidade pública durante 15 dias e avançar com medidas de restrições de liberdades dos cidadãos, de 27 de agosto a 10 de setembro, nomeadamente a cerca sanitária às localidades de Bissau, Safim e Prabis e limitação de horário de circulação na via pública.
“Salvo para os assuntos de urgência sanitária ou de viagem aérea, marítima ou terrestre para o estrangeiro, a circulação de pessoas nas ruas e vias públicas só é permitida das 05:00 às 19:59 horas”, refere o decreto do Governo.
As pessoas que tiveram que se deslocar por necessidade de viagem estão sujeitos à apresentação de testes negativos à Covid-19 emitidos por laboratórios certificados, salienta ainda o decreto.
As pessoas não podem circular para além das suas regiões de residência.
O não cumprimento destas recomendações acarreta o pagamento de coima no valor de cinco mil francos CFA.
Mesmo com o estado de calamidade, as fronteiras da Guiné-Bissau vão estar abertas e os passageiros terão que apresentar certificados de teste negativo à Covid-19, esclarece o decreto do Governo.
LUSA/HN
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