Quatro Investigadores Portugueses Eleitos Membros da EMBO no 60.º Aniversário da Organização

9 de Julho 2024

Este reconhecimento destaca a excelência das suas investigações científicas e os contributos notáveis no domínio das ciências da vida.

A Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO), que celebra este ano o seu 60.º aniversário, anunciou hoje a concessão da honra vitalícia de Membro da EMBO a quatro investigadores portugueses.

Megan Carey, da Fundação Champalimaud, expressou a sua alegria pela eleição, afirmando: “Estou muito feliz por ter sido eleita membro da EMBO, uma organização que admiro há muitos anos pelo seu importante trabalho de promoção das ciências da vida – e dos cientistas – em toda a Europa. Fico sinceramente grata aos atuais membros por terem apoiado a minha candidatura e sinto-me honrada por ter a oportunidade de me juntar a eles. Aguardo com expetativa a oportunidade de contribuir para a missão da EMBO de construir comunidades de investigação fortes”.

Mónica Sousa, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, também se sente feliz e honrada pela eleição: “É uma grande honra fazer parte da EMBO. Sinto-me muito feliz por fazer parte de um grupo de cientistas excecionais, alguns dos quais inspiraram e orientaram a minha carreira e o trabalho do meu grupo de investigação. Agradeço a forma como complementaram as nossas competências conceptuais e metodológicas, pelo reconhecimento da relevância do nosso trabalho e pelo encorajamento e reconhecimento recebidos. Agora, espero honrar este exemplo apoiando a carreira dos meus colegas mais jovens”.

Ricardo Henriques, líder do grupo de investigação em microscopia de super-resolução no Instituto Gulbenkian de Ciência, sublinhou a importância deste reconhecimento: “Ser eleito membro da EMBO é uma honra tremenda e um testemunho do trabalho árduo, dedicação e espírito inovador de toda a minha equipa de investigação. A EMBO é reconhecida por promover a excelência nas ciências da vida e este reconhecimento valida as nossas conquistas passadas, motivando-nos a continuar a alargar os limites da tecnologia de imagiologia e da investigação biológica. Como membro da EMBO, terei a oportunidade de colaborar com algumas das mentes mais brilhantes da biologia molecular e contribuir para moldar a futura direção da investigação em ciências da vida na Europa e não só. Este reconhecimento do nosso trabalho na intersecção da física, da biologia e da tecnologia também realça o poder da combinação de conhecimentos de diversos domínios para enfrentar desafios científicos complexos. Estou profundamente grato por esta honra e aguardo com expetativa a oportunidade de colaborar ativamente com a comunidade EMBO para fazer avançar a nossa missão comum de resolver os mistérios da vida”.

Rui Oliveira, investigador em biologia comportamental e neurociências no Instituto Gulbenkian de Ciência e Professor no Ispa – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, destacou a importância dos estudos comportamentais na biologia moderna: “É uma honra tornar-me membro da EMBO e fazer parte de uma comunidade vibrante que está na vanguarda do desenvolvimento das Ciências da Vida na Europa. Mais do que um reconhecimento ao meu trabalho, vejo esta eleição como uma valorização geral do papel dos estudos comportamentais na biologia moderna. O comportamento é um fenótipo muito peculiar. É efémero e não existe tecido biológico para o medir diretamente. Com a descoberta de que os disparos neuronais são acompanhados por alterações na expressão genética do cérebro, fomos capazes de ligar genes, cérebro e comportamento. Agora, os avanços na transcriptómica espacial e unicelular permitirão estabelecer relações gene-comportamento em redes neuronais específicas com resolução celular. Chegou o momento de estudar melhor a causalidade entre o genótipo e os fenótipos no comportamento e vejo a minha eleição para a EMBO como um reconhecimento coletivo das descobertas recentes neste domínio”.

A EMBO é uma organização internacional composta por mais de 2000 cientistas na Europa e em todo o mundo, empenhada em criar um ambiente de investigação na Europa onde os cientistas possam realizar o seu melhor trabalho. Este ano, além dos quatro investigadores portugueses, foram eleitos 96 outros membros da EMBO e 20 membros associados.

Os novos membros têm como principais missões apoiar outros investigadores em todas as fases das suas carreiras, estimular a troca de conhecimento científico e ajudar a construir um ambiente de investigação onde os cientistas possam alcançar os melhores resultados do seu trabalho. A eleição como Membro da EMBO reconhece a excelência na investigação e as realizações notáveis de um cientista na área das ciências da vida. É uma honra vitalícia que reflete o compromisso com os mais altos padrões científicos.

A tradição da EMBO de reconhecer investigadores excecionais remonta a 1963, quando a organização selecionou um grupo inicial de 150 membros que, desde então, tem vindo a crescer através de eleições anuais. Como membros da EMBO, estes investigadores terão um papel ativo nas iniciativas da organização, como a participação no Conselho e nos comités da EMBO, a avaliação de novas candidaturas, a orientação de jovens cientistas ou a participação nos conselhos editoriais das revistas da EMBO Press. Através destas atividades, os membros da EMBO ajudam a reforçar as comunidades de investigação na Europa e no resto do mundo e a definir a direção da investigação no domínio das ciências da vida.

Sobre a EMBO:
Fundada em 1964, a EMBO celebra este ano o seu 60.º aniversário, continuando a promover a excelência nas ciências da vida e a apoiar investigadores em toda a Europa e além. A organização é reconhecida por criar um ambiente onde a investigação científica pode prosperar e inovar, refletindo o seu compromisso com os mais elevados padrões de excelência científica.

NR/HN/PR

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