23/05/2023
Este valor é estimado para os primeiros seis meses após o nascimento do bebé, comparativamente ao período anterior à gravidez, e deve-se essencialmente “ao aumento de 52% nas despesas no setor do retalho, 36% na saúde, 16% na eletricidade e gás e 9% na água”, especificou o INE.
As despesas com educação, por seu lado, aumentam a partir dos seis meses da criança.
O INE cruzou dados administrativos de várias fontes, nomeadamente faturas declaradas em IRS, para verificar o que muda no padrão de despesa das famílias com o nascimento do primeiro filho.
“O efeito final na despesa agregada pelo nascimento do primeiro filho é atenuado pela redução de despesas relacionadas com transportes e com atividades de lazer, para as quais se observa uma redução progressiva a partir do quarto mês de gravidez, atingindo o valor mínimo no mês seguinte ao nascimento do primeiro filho”, lê-se no Destaque divulgado hoje.
Nos seis meses após o nascimento, as despesas com transportes diminuem 34% e os gastos com alojamento e restauração são cortados em 31%, “recuperando apenas no primeiro aniversário do filho”.
As despesas começam a aumentar após o quarto mês de gravidez, acentuando-se nos três meses anteriores ao nascimento, nos quais a despesa é, em média, 16,8% superior aos níveis de despesa que antecedem a gestação.
“No mês de nascimento, a despesa do agregado familiar regista um pico, sendo em média 19,7% superior nos primeiros seis meses após o nascimento”, lê-se no documento.
O aumento dos gastos a partir do quarto mês de gravidez resulta sobretudo de compras no comércio a retalho.
No mês do nascimento, há um pico nas despesas de saúde do agregado familiar, que representam “cerca de duas vezes mais do que o observado no período anterior ao início da gravidez”, referiu o INE, acrescentando: “A magnitude do efeito nas despesas com saúde diminui nos seis meses seguintes ao nascimento, observando-se, em contrapartida, um aumento de 51,5% nas despesas em estabelecimentos do setor do retalho”.
A partir do primeiro ano de vida, as despesas de saúde e no retalho estabilizam em torno de um aumento permanente de 26,9% e de 16,1%, respetivamente.
Nos meses que antecedem o nascimento do primeiro filho, observa-se uma tendência para o aumento das despesas com gás, eletricidade, água e atividades financeiras e seguros, que se torna “expressivo” nos meses seguintes ao nascimento. Nos seis meses posteriores ao nascimento, as despesas com gás e eletricidade aumentam, em média, 15,9%.
As despesas com transportes, alojamento e restauração começam a diminuir progressivamente a partir do terceiro mês de gravidez, “reduzindo-se drasticamente”, segundo o INE, no mês de nascimento e no mês seguinte, quando a despesa com transportes se reduz 52,9%. Os gastos com alojamento e restauração sofrem um corte de 55,6%, comparativamente ao período pré-gravidez.
A partir do segundo mês de vida da criança, as despesas com transportes, atividades recreativas, alojamento e restauração começam progressivamente a aumentar, “nunca atingindo, contudo, os níveis observados nos meses anteriores ao início da gravidez”, sendo as despesas com alojamento e restauração nos 12 meses seguintes ao nascimento a única exceção.
“Momentaneamente, aumentam 4,2% em relação ao período anterior ao início da gravidez, provavelmente em resultado de despesas relacionadas com a celebração do primeiro ano de vida do filho”, constatou o instituto.
LUSA/HN
19/05/2023
“A avaliação negativa do peso dos encargos financeiros com os cuidados de saúde é maior no caso das famílias em risco de pobreza, sobretudo para os cuidados dentários (59,4% de famílias em risco de pobreza) e para os medicamentos (61,6% de famílias em risco de pobreza)”, revela o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2022 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e divulgado hoje.
De acordo com o INE, 75,5% da população com 16 ou mais anos consultou um médico de clínica geral nos 12 meses anteriores à entrevista, o que significa uma descida de 5,8 pontos percentuais (p.p.) comparando com 2017.
No ano passado, apenas 57,4% dos entrevistados referiram ter consultado um médico dentista ou ortodontista, o que segundo o INE reflete uma melhoria em relação a 2017 (53,4%).
De acordo com os dados, 52,5% consultaram médicos de outras especialidades (exceto dentistas e ortodontistas e medicina geral e familiar) nos 12 meses anteriores à entrevista, proporção ligeiramente inferior à estimada para 2017 (53,1%).
As mulheres referiram ter tido mais consultas médicas e com maior frequência do que os homens, com proporções de 80,6% de consultas de medicina geral, 59,7% de consultas com cuidados dentários e 57,8% com outros especialistas, e com 69,8%, 54,8% e 46,6%, respetivamente, para os homens.
O INE salienta que “não existem diferenças substanciais no acesso às consultas de clínica geral entre a população em risco de pobreza e a restante população, mas mais de metade da população que vivia em situação de risco de pobreza não fez qualquer consulta de saúde oral ou de outras especialidades médicas nos 12 meses anteriores à data da entrevista”.
LUSA/HN
17/01/2023
A autarquia lembrou que, este ano, a comparticipação vai até ao limite de 100 beneficiários e tem um valor máximo de 10 mil euros.
O apoio “concretiza-se sob a forma de reembolso de despesas, em 50%, na parte que cabe ao utente, nos medicamentos adquiridos na área do concelho de Seia, prescritos em receita médica e comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde”.
LUSA/HN
29/12/2022
Em comunicado, o Conselho do Governo esclarece que o “Programa para a Promoção de uma Gestação Saudável” visa o “reembolso das despesas com a aquisição de suplementos na gravidez às mulheres em fase de preconceção, gravidez e amamentação residentes na Região Autónoma da Madeira”.
Na reunião, que decorreu no Funchal, foi também autorizada a “criação de duas medidas financeiras, pontuais e extraordinárias, para o ano de 2022 e 2023, a aplicar sobre os montantes das comparticipações contratualizadas típicas e atípicas, devidas pelo Instituto de Segurança Social da Madeira a várias instituições”.
O executivo madeirense informa que em 2023 será efetuada uma atualização de 5% nas comparticipações mensais previstas no âmbito dos instrumentos de cooperação celebrados entre aquele instituto e as instituições.
Entre outras deliberações, o Governo Regional autorizou também a renovação do contrato de arrendamento não habitacional de um prédio urbano na Calheta (zona oeste da ilha), celebrado em 2000 entre o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira e a Santa Casa da Misericórdia da Calheta, onde se encontra instalado e em funcionamento o Centro de Saúde da Calheta.
LUSA/HN
16/11/2022
“Tem de pagar, devia pagar e se não pagar é um erro tremendo e uma injustiça tremenda”, disse o autarca socialista Frederico Rosa, na reunião da Câmara Municipal do Barreiro, no distrito de Setúbal.
No início do mês, o Governo indicou que não tem condições de pagar os 156 milhões de euros reivindicados pelos municípios como despesa no combate à covid-19, destacando que do fundo de solidariedade europeia sobram apenas cerca de 20 milhões de euros.
“Neste momento, nós não temos condições de corresponder a essa reivindicação da Associação Nacional de Municípios. A única abertura que temos, e já transmitimos, foi no âmbito daquele que é o apoio do Fundo de Solidariedade da União Europeia”, que representa um total de 60 milhões de euros, disse, em entrevista à Lusa, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que tutela as autarquias no Governo liderado pelo socialista António Costa.
Um total de 156 milhões de euros é reivindicado pelos municípios ao Governo como o total de gastos que tiveram no combate à covid-19, segundo uma avaliação do Tribunal de Contas, uma verba que não consta do Orçamento do Estado para 2023, como esperavam.
“Não fizemos [as despesas] à espera de reembolso, mas não tenho dúvidas que assumimos o papel que o Estado devia ter assumido”, salientou hoje Frederico Rosa, acrescentando que, seja qual for ‘a cor’ do Governo, a obrigação é pagar aos municípios.
O autarca considerou ainda que o não pagamento do reembolso por parte do Estado “é um retrocesso e uma injustiça perante os municípios”.
“Acho que fica clara a minha posição fosse o Governo que fosse. O Governo é da República e trata dos problemas da República, nós fomos eleitos pelo Barreiro e defendemos os nossos interesses”, disse.
LUSA/HN