24/05/2023
“Queremos que seja um porto seguro para os doentes e cuidadores que, tendo uma doença de sangue grave, precisem de ser tratados em Lisboa por períodos de tempo prolongados sem que necessitem de internamento hospitalar”, disse à agência Lusa o presidente da APCL, Manuel Abecasis.
A Casa Porto Seguro, inaugurada após mais de dois anos desde a aprovação do projeto, tem oito quartos, cozinha e áreas de lazer e vai permitir a um familiar cuidador coabitar com o doente durante o período de tratamentos.
Localizada na Praça de Espanha, a casa de acolhimento nasceu da recuperação de um edifício da Câmara Municipal de Lisboa.
“Sentíamos a necessidade de as pessoas terem um alojamento que fosse confortável e em que se sentissem bem. Essa ideia foi germinando e acabámos por estabelecer contactos com a Câmara Municipal de Lisboa, que nos cedeu este imóvel que estava bastante degradado e que a associação recuperou”, adiantou Manuel Abecasis.
O presidente da APCL apontou ainda “várias dificuldades na execução do projeto”, recordando que começou em 2019 e depois parou devido à pandemia de covid-19.
“Na recuperação [do edifício], a associação gastou cerca de 700 mil euros. Parte foi com fundos próprios, outra parte foi com apoios que fomos tendo ao longo do tempo, de empresas, de particulares e de mecenas, que contribuíram para que a casa se tornasse uma realidade”, salientou.
Manuel Abecasis disse à Lusa que a associação encontrou junto de patrocinadores forma de “subsidiar cada um dos quartos, de modo que a casa possa funcionar, uma vez que as pessoas vão estar de forma gratuita”.
“Os ocupantes da casa vão ser pessoas com recursos económicos escassos. Pessoas que não têm condições económicas para poderem permanecer em Lisboa por tempos prolongados e em que o apoio que a Segurança Social dá muitas vezes só permite o alojamento em habitações ou em situações que não são muito confortáveis”, realçou.
“Estamos em conversações com a Segurança Social no sentido de conseguir estabelecer um acordo, de modo a que aquilo que pagam para os doentes ficarem passem a pagar à associação, para que casa possa ter sustentabilidade, uma vez que a associação não tem recursos que permitam manter a casa a funcionar”, sublinhou.
A sua localização, próxima do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa e do Hospital de Santa Maria, vai facilitar o acesso aos doentes daquelas duas unidades hospitalares, de acordo com a APCL.
A Casa Porto Seguro vai estar também disponível para receber doentes hemato-oncológicos do Hospital de Santo António dos Capuchos.
14/05/2023
No documento de encerramento da reunião em Nagasaki, no Japão, os ministros da Saúde sublinham a necessidade de compreender melhor a forma persistente da doença, assim como as suas consequências.
“Trabalharemos a toda a velocidade para desenvolver novas terapias e melhorar a assistência”, declarou o ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach (na imagem), acrescentando que, “quantos mais países cooperarem maior será o êxito, uma vez que as consequências da pandemia ainda não se superaram”.
Os ministros do G7 tencionam, entre outros objetivos, lançar uma iniciativa de investigação, a pedido da Alemanha, projeto que ganhará forma no próximo ano sob a presidência italiana do grupo.
“A iniciativa do G7 dá esperança a milhões de pacientes em todo o mundo”, afirmou Lauterbach.
NR/HN/Ljusa
25/04/2023
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Mao Ning explicou hoje, em conferência de imprensa, que, com o objetivo de “facilitar ainda mais o intercâmbio entre a China e o resto do mundo”, as pessoas que viajam para o país asiático “podem realizar um teste de antigénio, em vez de um teste PCR”, nas “48 horas antes de embarcarem”.
Mao recomendou que os viajantes “protejam a sua saúde” e “acompanhem” o seu estado de saúde, antes de viajarem.
Em março passado, as embaixadas do país asiático em vários países, incluindo Portugal, tinham já anunciado a retirada da exigência do PCR para viajar para a China, embora permanecesse em vigor para passageiros de algumas nações.
A China aplicou durante quase três anos a rigorosa política de ‘zero casos’ de covid-19, que implicou o encerramento quase total das fronteiras: só podiam entrar no país cidadãos chineses e um reduzido número de estrangeiros, na condição de cumprirem um período mínimo de 14 dias de quarentena em instalações designadas.
O país começou a desmantelar a estratégia no final de 2022, após a realização de protestos em várias cidades.
NR/HN/(Lusa
22/04/2023
“Neste momento, termos cerca de 50% dos municípios com o auto de transferência assinado. Devo dizer que teve uma progressão muito grande, face aos valores que tínhamos no final do ano: é algo que a partir do momento que o senhor ministro assume, terá tendência a acelerar”, referiu.
Numa pausa entre reuniões que decorrem desde o início da tarde na sede da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em Coimbra, Ana Abrunhosa admitiu que o andamento do processo de descentralização de competências na área da saúde acabou por ser afetado pela pandemia causada pela covid-19, bem como pela mudança de titular desta pasta.
Já em relação à descentralização de competências na área da educação, indicou que o governo, neste momento, “está em falta” em relação à proposta de financiamento do programa de recuperação das escolas.
“Temos estado a trabalhar nisso, esta é a segunda reunião onde essa questão do programa das escolas é discutida. Mas, a verdade é que ainda não apresentámos um programa de recuperação das escolas e já estamos com três meses de atraso”, destacou.
À agência Lusa, a ministra da Coesão informou ainda que na reunião com a ANMP foi explicado o trabalho que têm vindo a realizar no sentido de obterem diferentes fontes de financiamento.
“Muito em breve teremos uma reunião com o senhor ministro das Finanças, onde o programa das escolas será apresentado e apreciado pela Associação Nacional de Municípios, antes que seja público”, avançou.
Já a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Luísa Salgueiro, informou que a reunião serviu para tratar de questões “muito operacionais” da descentralização, tendo contado com a presença da nova equipa da Direção-Geral das Autarquias Locais.
“Estivemos a tratar de questões que são agora consequência dos acordos que fomos celebrando, que estamos agora a operacionalizá-los e, portanto, boa parte da reunião foi já ao nível de detalhes, de transferências, de mapas, de regras, para quem está nas autarquias a receber agora as ‘tranches”, evidenciou.
De acordo com Luísa Salgueiro, o que está acertado no acordo para a transferência de competências “está a ser cumprido”, no entanto, realçou a necessidade de existirem reuniões sucessivas para avaliar “um assunto que não é fechado”.
“Há condições que resultam de aumentos salariais que, entretanto, foram aprovados ou o impacto da inflação nas refeições”, concluiu.
LUSA/HN
17/04/2023
Em comunicado, a federação sindical anunciou que o encontro com a administração do Hospital Fernando da Fonseca, comummente conhecido como Amadora-Sintra, permite desconvocar a paralisação que se iniciava à meia-noite de terça-feira.
Segundo a FESAP, a reunião tinha “em vista a assinatura de um protocolo negocial e o estabelecimento de um calendário que permitissem, por um lado, que todos os trabalhadores do hospital beneficiassem dos aumentos salariais e das valorizações remuneratórias negociados para a Administração Pública e, por outro lado, da adesão desta unidade de saúde aos acordos coletivos celebrados em 2018 para os trabalhadores com contrato individual de trabalho (CIT) dos hospitais EPE”.
A federação sindical adiantou que ficou acordado que o processo negocial que vai culminar na adesão dos CIT aos contratos coletivos dos hospitais EPE se inicie a 08 de maio e termine a 10 de julho, com a assinatura dos acordos de adesão.
Na passada sexta-feira já tinha sido suspensa a greve dos trabalhadores administrativo deste hospital depois de obtidas garantias de que em maio seriam pagos com retroativos a janeiro os aumentos e valorizações salariais e aumento do subsídio de refeição aplicáveis à função pública.
No comunicado, a FESAP salienta “a boa-fé negocial que a administração do hospital veio finalmente a revelar, e a sua vontade em repor a justiça para todos os trabalhadores”, que culminou com a decisão de hoje de aplicar a partir de maio a todos os trabalhadores não médicos aumentos e valorizações salariais e do subsídio de refeição já decidido para os administrativos.
“Assim sendo, assistentes operacionais, assistentes técnicos, pessoal administrativo, técnicos superiores, técnicos de diagnóstico e terapêutica, e demais trabalhadores que não executem funções médicas do Hospital Amadora-Sintra, verão reposta a justiça, usufruindo assim dos mesmos direitos dos colegas dos Hospitais EPE”, conclui o comunicado da FESAP.
LUSA/HN