Epidemiologista chinês desaconselha viagens a quem ainda não contraiu covid-19

Epidemiologista chinês desaconselha viagens a quem ainda não contraiu covid-19

“Não é recomendado que essas pessoas façam viagens de longa distância, porque as probabilidades de ficarem infetadas vão aumentar”, disse Fang, citado pelo jornal especializado Health Times.

O especialista aconselhou a quem ainda não foi infetado que “evite ir a locais públicos, se notar sintomas como dor de garganta ou tosse” e “procure atendimento médico”.

As declarações do especialista surgem nas vésperas do Ano Novo Lunar, quando centenas de milhões de trabalhadores chineses migrados nas cidades regressam às respetivas terras natais.

Trata-se da maior migração interna do planeta e coincide, este ano, com o fim da política de ‘zero casos’ de covid-19, que durante quase três anos restringiu o fluxo interno de pessoas no país asiático.

O fim das restrições, após protestos ocorridos em várias cidades da China, lançou uma vaga de infeções sem precedentes nas zonas urbanas, que deve agora alastrar-se ao interior do país, onde os recursos de saúde são considerados insuficientes.

As recomendações do especialista foram alvo de debate nas redes sociais do país. “Este ano só quero finalmente ir a casa”, afirmou um internauta na rede social Weibo, embora outros também tenham manifestado o seu receio de infetar familiares.

De acordo com um estudo da Universidade de Pequim, cerca de 900 milhões de pessoas já contraíram infeção pelo novo coronavírus na China, depois de o país ter desmantelado a política de ‘zero covid’.

Cerca de 60 mil pessoas morreram da doença entre 08 de dezembro, quando as restrições começaram a ser relaxadas, e 12 de janeiro deste ano, segundo dados oficiais.

O Conselho de Estado (Executivo) pediu, em meados do mês passado, às autoridades locais que deem prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para proteger a população”, apontando “a relativa escassez de recursos de saúde” e a proximidade da época festiva.

Em 08 de janeiro, a covid-19 deixou de ser gerida na China como uma doença de categoria A – nível de perigo máximo e para cuja contenção são necessárias as medidas mais severas – para se tornar uma doença de categoria B, que contempla menos controlos, marcando assim na prática o fim da política de ‘zero covid’.

LUSA/HN

Testados em Portugal 68 passageiros de avião proveniente da China

Testados em Portugal 68 passageiros de avião proveniente da China

“Hoje [sábado] aterrou um segundo avião proveniente da China e todos os passageiros maiores de 12 anos tinham um teste [à covid-19] com menos de 48 horas”, disse aos jornalistas, após uma homenagem ao médico João Pedro Miller Guerra, em Vila Flor, no distrito de Bragança.

Manuel Pizarro adiantou que, “dos 182 passageiros, 111 estavam em trânsito” e que se procedeu à “testagem aleatória a 68 passageiros”.

Esses testes estão a ser analisados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, referiu, assegurando que “os portugueses podem estar tranquilos” e fazendo um “apelo à vacinação” (nova fase), que entretanto abriu para pessoas entre os 18 e os 49 anos.

A China registou perto de 60 mil mortes relacionadas com a Covid-19 desde o levantamento das rígidas restrições para combater a doença, há um mês.

Portugal está a realizar testes aleatórios à Covid-19 a viajantes provenientes daquele país desde o dia 07 e a exigir um teste realizado até 48 horas antes do embarque desde o dia 08.

Portugal juntou-se a Áustria, Alemanha, Suécia e Bélgica, que já tinham anunciado a realização de testes aos viajantes oriundos da China.

A medida surge depois de a União Europeia ter recomendado “fortemente” que os Estados-membros exijam a todos os viajantes do país um teste negativo para a Covid-19 realizado a menos de 48 horas da partida.

LUSA/HN

China levanta quarentena para viajantes internacionais três anos depois

China levanta quarentena para viajantes internacionais três anos depois

Após cerca de três anos com algumas das restrições mais severas do mundo, que prejudicaram a sua economia e acabaram por desencadear protestos a nível nacional, as autoridades chineses decidiram, no final de dezembro, abolir abruptamente a maior parte das medidas de controlo da pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2.

O último passo do levantamento das restrições acontece este domingo com o fim das quarentenas obrigatórias em hotéis para todas as pessoas que chegavam ao país desde março de 2020.

Inicialmente de três semanas, a duração desta quarentena já tinha sido reduzida para uma semana no verão passado, passando depois para cinco dias em novembro.

O anúncio do fim da chamada política “covid zero” e da quarentena obrigatória levou os chineses a fazerem planos para viajar para o estrangeiro, com um aumento exponencial do tráfego nos ‘sites’ de reservas, avançou a agência France-Presse.

Na sequência desta decisão chinesa de abrir as suas fronteiras, mais de uma dezena de países, entre os quais Portugal, passaram a exigir aos viajantes oriundos daquele país um teste negativo à covid-19 para entrar nos seus territórios.

A China está a enfrentar uma onda sem precedentes de infeções pelo SARS-CoV-2, uma situação que se deve agravar com as férias de Ano Novo Chinês no final de janeiro, quando se espera que milhões de pessoas se desloquem das megacidades para o campo para visitar os seus familiares, muitos dos quais idosos e vulneráveis.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse que a operação de testes aleatórios à covid-19 a viajantes provenientes da China, que se iniciou no sábado, “correu manifestamente bem”, não havendo razões para alarme.

De acordo com Manuel Pizarro, nesta operação, “o que está em causa não é criar alarmismo”, mas sim recolher informação que “permita com toda a segurança guiar os passos que vêm a seguir”.

“Infelizmente, não podemos ter total confiança na informação que nos é dada pelas autoridades chinesas, que manifestamente desvalorizam uma parte dessa informação”, lamentou o governante.

LUSA/HN

Alemanha desaconselha viagens não essenciais para a China

Alemanha desaconselha viagens não essenciais para a China

“Desaconselhamos as viagens não essenciais para a China. A razão é o pico de infeções de covid e o sistema de saúde sobrecarregado”, escreveu hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha numa publicação na sua conta na rede social ‘Twitter’.

Na quinta-feira, o Ministério da Saúde da Alemanha já tinha anunciado que os viajantes provenientes da China terão de apresentar um teste negativo à covid-19 para entrar no país, como é já exigido por outros países preocupados com o recrudescimento de casos no território chinês.

Estas medidas surgem depois de a União Europeia ter recomendado “fortemente” que os Estados-membros exijam a todos os viajantes da China um teste negativo para a covid-19, na sequência da onda sem precedentes de infeções pelo SARS-CoV-2 que se regista no país asiático desde que as autoridades abandonaram a chamada política “covid zero”.

Na sequência desta recomendação vários países europeus, incluindo Portugal, anunciaram que vão exigir testes aos viajantes oriundos da China.

No caso de Portugal, desde as 00:00 deste sábado passou-se a realizar testes aleatórios à covid-19 a viajantes provenientes da China, passando no domingo a exigir teste realizado até 48 horas antes do embarque.

As autoridades vão também aplicar mecanismos de monitorização de águas residuais no Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa, e nos aviões provenientes da China, com vista à identificação de vírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, e posterior sequenciação genómica.

No final de dezembro, a China anunciou que vai, pela primeira vez desde março de 2020, abrir as suas fronteiras a 08 de janeiro, o que fez com que vários países decidissem, nos últimos dias, exigir que os viajantes oriundos daquele país tenham teste negativo à covid-19 para entrar nos seus territórios.

França, Espanha, Japão e Estados Unidos, entre outros países, já tinham decidido ao longo dos últimos dias exigir testes a viajantes da China, e Marrocos anunciou mesmo a proibição da entrada de viajantes vindos da China.

Pequim considerou estas medidas inaceitáveis.

LUSA/HN

Países Baixos: Teste negativo para viajantes desde a China

Países Baixos: Teste negativo para viajantes desde a China

Esta medida entrará em vigor a partir de 10 de janeiro, e segue a recomendação da União Europeia (UE), destacou o ministério em comunicado.

“Considero importante que tomemos medidas de viagem como parte da luta contra a covid-19 a nível europeu”, salientou o ministro da Saúde neerlandês, Ernst Kuipers, citado na nota de imprensa.

A UE encorajou “fortemente” esta semana os seus Estados-membros a imporem a testagem à covid-19 antes do voo e incentivou os 27 a completarem a triagem com “testes aleatórios” na chegada a solo europeu.

O governo neerlandês também aconselha “fortemente” o uso de máscara nos voos de e para a China.

“Estamos a explorar as possibilidades de testar a água residual das casas de banho das aeronaves que chegam da China para procurar mutações do vírus”, acrescentou o ministério, sobre outra das recomendações da UE.

O Aeroporto Schiphol de Amesterdão é um dos maiores aeroportos europeus e um importante ‘hub’ onde ocorrem muitas transferências intercontinentais.

A China enfrenta uma onda de casos de covid-19 sem precedentes há três anos.

Por precaução, vários países como Estados Unidos, Japão, França e Alemanha já decretaram medidas idênticas.

Pequim condenou na terça-feira a imposição de testes por certos países, considerando-os “inaceitáveis” e ameaçando com “contramedidas”.

A China está a tentar minimizar a possibilidade de um grande novo surto de covid-19 durante o pico de viagens do Novo Ano Lunar, este mês, após o fim da maioria das medidas de contenção da pandemia.

O Ministério dos Transportes apelou hoje aos viajantes para limitarem ao mínimo as viagens e os encontros, em particular se envolverem pessoas idosas, grávidas, crianças pequenas e pessoas com doenças prévias.

Pequim pôs abruptamente fim ao rígido regime de confinamentos, quarentenas e testagem em massa em dezembro, devido a crescentes preocupações com o impacto de tais medidas na economia nacional e à realização de protestos públicos incomuns num país que duramente reprime qualquer sinal de discordância política.

No próximo domingo, Pequim vai também pôr fim às quarentenas obrigatórias para as pessoas procedentes do estrangeiro.

O atual surto pandémico causado por mais uma variante do coronavírus SARS-CoV-2 parece ter alastrado mais rapidamente primeiro nas cidades mais densamente povoadas do país, sobrecarregando o sistema nacional de saúde.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, já se manifestou preocupado com a ausência de fornecimento de dados sobre o novo surto pandémico pelo Governo chinês.

LUSA/HN