“Como está tudo parado nos transportes não urgentes, tudo o que não seja prioritário, como a hemodiálise e oncologia, parou. Isso revela uma redução drástica na receita e na faturação acima dos 70%, o que, a curto prazo, vai ter um efeito considerável na situação financeira das associações”, alertou Guilherme Almeida.
Este responsável, que é também comandante dos Bombeiros Voluntários de Nelas, lembrou que a “saúde financeira das associações de bombeiros depende, praticamente, da receita de transportes de doentes não urgentes”.
Guilherme Almeida disse que “há associações que, antes da pandemia, já tinham uma saúde financeira muito má” e, agora, com esta redução de receitas, “só vai agravar ainda mais o estado de saúde”.
“Já vivemos no fio da navalha com o dinheiro contado e as despesas mantém-se, e vão manter-se, e este impacto nas receitas vai lançar aqui um balanço negativo, que vai criar muitos problemas”, alertou.
A Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu “tem feito alguma pressão junto da confederação e da liga dos bombeiros para que os responsáveis questionem o Governo sobre mecanismos que possam ajudar”.
O objetivo “é garantir a operacionalidade e continuidade” das corporações de bombeiros, mas, “infelizmente e até à data não tem havido muito ‘feedback’” a essa pressão”.
A agravar esta situação, Guilherme Almeida disse que “há associações a investirem na segurança dos operacionais” e, para isso, “têm comprado equipamento com valores completamente desajustados daquilo que é a realidade, porque há uma grande especulação de preços”.
“Andamos aqui um pouco a viver o dia-a-dia na disponibilidade que caracterizam os bombeiros e os corpos de bombeiros, mas com muitas preocupações”, lamentou Guilherme Almeida.
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