“Podemos dizer que conseguimos passar do crescimento dinâmico [do número de contágios] para o linear, já que a taxa de infeção diminuiu significativamente”, explicou o ministro em conferência de imprensa, adiantando que a Alemanha já testou cerca de 1,7 milhões de pessoas até o momento.
A taxa de contágio da covid-19 na Alemanha desceu pela primeira vez abaixo de 1, estando em 0,7, o que significa que cada pessoa infetada contagia cerca de 0,7 pessoas, segundo o Instituto Robert Koch (RKI).
Este índice foi considerado fundamental pelo RKI, responsável pela prevenção e controlo de doenças na Alemanha, e pela chanceler Angela Merkel, que sublinhou, na última conferência de imprensa na terça-feira, ser determinante na altura de decidir o relaxamento das medidas de contenção.
Angela Merkel anunciou quarta-feira um abrandamento das restrições sociais e a reabertura, em 4 de maio, das escolas e de lojas com menos de 800 m2.
As reuniões com muitas pessoas continuam proibidas até, pelo menos, 31 de agosto, e uma distância mínima de 1,5 metro deve ser observada em locais públicos.
Na conferência de imprensa de hoje, o ministro da Saúde também anunciou que a Alemanha firmou contratos com 50 empresas para fabricar, a partir de agosto, um total de 10 milhões de máscaras do tipo FFP2 (de proteção ou de tecido) e 40 milhões de máscaras cirúrgicas por semana.
A Alemanha não obriga, mas “recomenda fortemente” o uso de máscaras em lojas e transportes públicos.
A Alemanha regista hoje 133.830 casos declarados de novo coronavírus (+3.380 em 24 horas) e 3.868 mortes, segundo o Instituto Robert Koch.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.
LUSA/HN
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