Pequim vai proibir comportamentos ‘não civilizados’

26 de Abril 2020

Pequim, 26 abr 2020 (Lusa) – Pequim vai proibir a partir de 01 de junho um conjunto de comportamentos considerados “incivilizados” para melhorar a higiene em locais públicos como medida de combate à pandemia de covid-19, indicaram hoje autoridades municipais.

Pequim, 26 abr 2020 (Lusa) – Pequim vai proibir a partir de 01 de junho um conjunto de comportamentos considerados “incivilizados” para melhorar a higiene em locais públicos como medida de combate à pandemia de covid-19, indicaram hoje autoridades municipais.

Espirrar ou tossir sem cobrir o nariz ou a boca e andar sem máscara em locais públicos, em caso de doença, são comportamentos que passam a fazer parte de uma nova lista de infrações na capital chinesa, segundo avançou hoje a AFP.

Os cidadãos passam também a necessitar de se “vestir adequadamente” quando estão em público, sendo proibido estar em tronco nu – sendo esta uma medida aparentemente relacionada com a prática conhecida por ‘biquíni de Pequim’ quando, no verão, muitos homens passeiam com a camisola levantada.

Os novos regulamentos delineados pelas autoridades de Pequim também exigem a instalação de marcações para o distanciamento social em locais públicos.

Com mais de 20 milhões de habitantes, Pequim tem vindo a desencorajar uma série de comportamentos considerados ‘não civilizados’ nomeadamente cuspir em público, deixar o lixo em qualquer lugar, passear os cães sem coleira ou fumar em locais onde tal é proibido.

A realidade mostra, contudo, que os regulamentos nem sempre são respeitados e que certos hábitos ainda não desapareceram.

O novo conjunto de regras, adotado na sexta-feira, também incentivam a Polícia a tomar nota de infrações graves que possam afetar o ‘crédito social’ de uma pessoa.

Nos últimos anos a China começou a aplicar vários sistemas de ‘crédito social’ que apontam os cidadãos ‘bons’ e que podem fazer com que outros fiquem impedidos de viajar de avião ou de comboio ou fazer uma reserva num hotel.

A China, que regista oficialmente mais de 82 mil pessoas infetadas pelo novo coronavírus e 4.632 mortes, foi o primeiro país afetado pela doença.

Lusa/HN

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