Trump não quer “perder tempo” com conferências de imprensa diárias

26 de Abril 2020

Washington, 26 abr 2020 (Lusa)- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que não vale a pena "perder tempo" nem em conferências de imprensa diárias relativas à pandemia de covid-1, em que apenas são colocadas "questões hostis".

Washington, 26 abr 2020 (Lusa)- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que não vale a pena “perder tempo” nem em conferências de imprensa diárias relativas à pandemia de covid-1, em que apenas são colocadas “questões hostis”.

“Qual é o objetivo de ter conferências de imprensa na Casa Branca quando a comunicação social não faz senão questões hostis e depois não relata a verdade e os factos com precisão”, escreveu Trump na sua conta do Twitter.

“O povo americano não tem senão falsas notícias. Assim não vale o tempo nem o esforço”, acrescentou.

O ‘tweet’ do presidente norte-americano surge dois dias depois de, numa conferência de imprensa, ter feito defendido que se devia investigar a possibilidade de tratar a doença injetando desinfetante no corpo.

“Considero que o desinfetante o trata [o novo coronavírus] num minuto. Será possível haver uma injeção?”, questionou.

Logo na sexta-feira, a Casa Branca esclareceu que o presidente foi mal interpretado e o próprio afirmou que se tinha expressado “de forma sarcástica”, terminando a conferência de imprensa ao fim de 20 minutos sem direito a questões pelos jornalistas.

A hipótese de terminar com as conferências de imprensa surge também numa altura em que a Casa Branca prepara o plano para retomar a economia.

Depois de 50 conferências de imprensa em dois meses, no sábado não houve o habitual ‘briefing’ na Casa Branca.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (53.511) e mais casos de infeção confirmados (mais de 930 mil).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

Lusa/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Novembro azul: AFP incentiva homens a cuidar da saúde

A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) assinala hoje, 17 de novembro, o Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata com o lançamento da campanha “novembro azul”, centrada numa mensagem clara e mobilizadora dirigida aos homens: “Ser forte é cuidar de si”.

Imagens da demência: o retrato que a imprensa não mostra

Um estudo da Universidade da Finlândia Oriental revela que as imagens que ilustram notícias sobre demência nos maiores jornais finlandeses reforçam estereótipos negativos. A análise detetou representações maioritariamente associadas à velhice, dependência e metáforas visuais redutoras, que podem alimentar estigmas e atrasar diagnósticos

Tumores cerebrais: Associação lança estudo pioneiro para compreender impacto do glioma

A Associação Portuguesa do Cancro no Cérebro (APCCEREBRO), em parceria com a farmacêutica Servier, lançou o estudo “Viver com Glioma 2025”, um projeto pioneiro em Portugal destinado a aprofundar o conhecimento científico sobre a realidade das pessoas diagnosticadas com glioma, um dos tumores cerebrais mais complexos e desafiantes.

Denis Gabriel: “Cada Minuto Conta” na Luta Contra o AVC

Num exclusivo Healthnews, o neurologista Denis Gabriel, membro da Direção da SPAVC, traça o retrato do AVC em Portugal. Dos avanços na trombectomia aos erros comuns no reconhecimento de sintomas, da urgência temporal crítica aos fatores de risco modificáveis, o especialista desmonta a doença e deixa um alerta: “Cada Minuto Conta”. Uma conversa essencial sobre a principal causa de morte no país.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights