Brasil ultrapassa os cinco mil mortos e tem 71.886 casos confirmados

29 de Abril 2020

Brasília, 28 abr 2020 (Lusa) - O Brasil ultrapassou hoje a barreira dos cinco mil mortos associados ao novo coronavírus, totalizando 5.017 óbitos e 71.886 casos confirmados desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde.

Brasília, 28 abr 2020 (Lusa) – O Brasil ultrapassou hoje a barreira dos cinco mil mortos associados ao novo coronavírus, totalizando 5.017 óbitos e 71.886 casos confirmados desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde.

Nas últimas 24 horas, o país sul-americano registou um novo recorde de mortes, com 474 óbitos e 5.385 novos casos, o segundo maior número de infetados contabilizado num único dia.

O aumento no número de mortes no Brasil foi de 10,4%, passando de 4.543 na segunda-feira para 5.017 hoje. Em relação ao número de infetados, o crescimento foi de 8,1%, de 66.501 para 71.886 casos confirmados.

Segundo a tutela, a taxa de letalidade da doença no país chegou hoje aos 7%.

A nível estadual, São Paulo continua a concentrar o maior número de casos no país, num total de 2.049 mortos e 24.041 casos de infeção. Face ao dia anterior, aquele que é o estado mais rico e populoso do país teve um acréscimo de 224 vítimas mortais e 2.345 infetados.

Seguem-se os estados do Rio de Janeiro, com 738 óbitos e 8.504 casos de infeção, o Ceará, com 403 mortos e 6.918 infetados, Pernambuco que, até ao momento, contabilizou 508 vítimas mortais e 5.724 casos confirmados, e o Amazonas, num total de 351 mortes e 4.337 pessoas diagnosticadas com covid-19.

Regionalmente, o sudeste, que engloba São Paulo e Rio de Janeiro, concentra mais de metade das infeções em todo o país, com 36.068 casos confirmados da covid-19. O nordeste surge em segundo lugar, com 20.665 casos, seguido pelo norte (8.745), sul (4.033) e centro-oeste (2.375).

O Ministério da Saúde informou ainda que o Brasil registou, até à tarde de hoje, a recuperação de 32.544 pacientes infetados, sendo que 34.325 doentes continuam sob acompanhamento. Ainda está a ser averiguada a eventual relação de 1.156 óbitos com o novo coronavírus.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão de controlo tutelado pelo Governo do Brasil, aprovou hoje a venda e realização de testes rápidos de diagnóstico do novo coronavírus em farmácias.

A medida, de caráter temporário e excecional, pretende ampliar a oferta e a rede de testes, bem como reduzir a procura de serviços públicos de saúde, com elevado número de atendimentos durante a pandemia.

Em comunicado, a Anvisa frisou que os testes rápidos deverão ser devidamente registados no Brasil e poderão ser feitos somente em farmácias e drogarias regularizadas e que tenham funcionários especializados para auxiliar os clientes a perceberem o resultado.

A medida não será obrigatória para todos os estabelecimentos, mas os que aderirem deverão adotar as diretivas, protocolos e orientações estabelecidas pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o portal Worldometer, que compila quase em tempo real informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação, o Brasil testou, até ao momento, 1.597 pessoas por cada um milhão de habitantes (o país tem 210 milhões de habitantes).

Ainda segundo o Worldometer, o Brasil já ultrapassou a China em relação ao número de mortos, com o país asiático a contabilizar 4.633 óbitos.

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou hoje, nas redes sociais, que o Governo concluiu dentro do prazo estipulado a construção do seu primeiro hospital de campanha para atendimento a pacientes com covid-19.

A obra, feita em cerca de 15 dias no município Águas Lindas, atenderá a população das unidades federativas de Goiás e do Distrito Federal.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 214 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 840 mil doentes foram considerados curados.

Lusa/HN

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