Autoridades de saúde têm um poder que tem de ser respeitado – ministra da saúde

1 de Maio 2020

As autoridades de saúde em Portugal tem “um poder que tem de ser respeitado”, avisou hoje a ministra da saúde, notando que apesar da reabertura da economia, a epidemia de covid-19 “tem de continuar a ser contida”.

“Relativamente ao incumprimento de recomendações da Direção-Geral da Saúde, mantêm-se com o contexto próprio de desobediência a uma autoridade. É importante perceber que já havia este recurso específico antes de existir um estado de emergência ou de calamidade. As autoridades de saúde tem um poder de autoridade que tem de ser respeitado”, frisou Marta Temido na conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica do país.

A ministra avisou que, apesar do fim do estado de emergência e do alívio de algumas medidas, “não se espera que, na segunda-feira, os portugueses saiam à rua” como se não houvesse situação epidémica que se tem de manter contida.

Marta Temido observou que o Conselho de Ministros optou por determinar o recolhimento domiciliário como um “dever cívico”, em vez de um dever geral, como acontecia durante o estado de emergência.

Para a governante, tal significa que “o apelo do Conselho de Ministros é que as pessoas continuem a abster-se de circular, permanecendo no domicílio exceto para as pequenas deslocações já antes autorizadas”.

Portugal contabiliza 1.007 mortos associados à covid-19 em 25.351 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

Relativamente ao dia anterior, há mais 18 mortos (+1,8%) e mais 306 casos de infeção (+1,2%).

Das pessoas infetadas, 892 estão hospitalizadas, das quais 154 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 1519 para 1.647.

Portugal vai terminar no sábado, 02 de maio, o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo anunciou a passagem para situação de calamidade a partir das 00:00 de 03 de maio.

Devido ao fim de semana prolongado, o Governo decretou, entretanto, a proibição de deslocações entre concelhos de 01 a 03 de maio.

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