O anúncio foi feito no passado sábado pela ministra dos Assuntos Tradicionais da África do Sul, Nkosazana Dlamini-Zuma, numa conferência de imprensa, referindo que a utilização de máscaras será obrigatória sempre que a população pretender sair de casa.
De acordo com o ministro do Comércio e da Indústria, Ebrahim Patel, o setor agrícola poderá retomar a sua atividade de forma total, enquanto restaurantes poderão estar abertos para entregas ao domicílio e as minas têm a possibilidade de retomar parcialmente a sua atividade.
Apesar do alívio das restrições, a ministra Dlamini-Zuma apelou para que a população continue a ficar em casa.
“Caso não seja um trabalhador essencial ou não trabalhe num setor prioritário, continue a ficar em casa, exceto para adquirir bens essenciais ou serviços médicos”, vincou a ministra, que pediu para, sempre que possível, se recorrer ao trabalho remoto.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou uma “flexibilização” gradual das normas de confinamento, que vigoram desde 27 de março com o objetivo de conter a propagação do novo coronavírus.
“Embora o confinamento nacional seja, provavelmente, o método mais eficaz para conter a propagação do vírus, não poderá continuar a ser sustentado por tempo indeterminado. O nosso povo precisa de se alimentar, de ganhar a vida, as empresas têm de produzir, comercializar, gerar receita e de manter os seus funcionários”, disse Ramaphosa em 22 de abril.
Na ocasião, Cyril Ramaphosa afirmou também que a concentração pública de pessoas continuará a ser proibida, à exceção de funerais, mas que o exercício físico vai passar a ser permitido “segundo regras de saúde pública restritas a anunciar”.
Atualmente no valor mais elevado, o nível de alerta sanitário será reduzido com o objetivo de se retomarem certas atividades.
A partir de hoje volta também a ser permitida a venda de tabaco, embora o comércio de álcool continue limitado.
Em vigor entra também um toque de recolher obrigatório entre as 20:00 e as 05:00, sendo que os trabalhadores considerados essenciais não serão afetados por esta medida.
De acordo com dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, o número de mortes provocadas pela covid-19 em África é superior a 1.600, com mais de 37 mil casos da doença registados no continente.
Com 5.350 casos, a África do Sul é o país com mais infeções registadas no continente, número que inclui 103 mortes e 2.073 recuperações.
Com a oficialização do primeiro caso de covid-19 nas Comores, o reino do Lesoto e a República Sarauí são os únicos Estados-membros da União Africana sem qualquer registo oficial de infeções pelo novo coronavírus.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 230 mil mortos e infetou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Lusa/HN
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