No total, o país sul-americano já ultrapassou a barreira dos oito mil óbitos, contabilizando 8.536 vítimas mortais e 125.218 casos confirmados da covid-19.
O aumento no número de mortes no Brasil foi de 7,7%, passando de 7.921 na terça-feira para 8.536 hoje. Em relação ao número de infetados, o crescimento foi de 9%, passando 114.715 para 125.218 casos confirmados.
De acordo com o Ministério da Saúde, 140 das 615 mortes incluídas agora ocorreram nos últimos três dias, mas foram contabilizadas nesta quarta-feira.
A taxa de letalidade da doença no país está agora em 6,8%, estando ainda a ser investigada uma eventual ligação de 1.643 mortes com a covid-19.
O executivo brasileiro deu ainda conta da recuperação de 51.370 doentes, sendo que 65.312 continuam sob acompanhamento.
São Paulo, epicentro da covid-19 no país, totaliza agora 3.045 mortos e 37.853 infetados.
Na lista dos estados com maior número de casos seguem-se Rio de Janeiro, com 1.205 óbitos e 13.295 infetados, Ceará, com 848 mortos e 12.304 infetados, Pernambuco, 803 vítimas mortais e 9.881 casos, e Amazonas, com 751 mortes e 9.243 pessoas diagnosticadas com covid-19.
No lado oposto está o estado do Mato Grosso do Sul, com 10 vítimas mortais e 288 casos confirmados.
Em todo o território brasileiro, 19 das 27 unidades federativas do país já têm mais de mil casos registados da doença.
O ministro da Saúde brasileiro, Nelson Teich, afirmou na quarta-feira, em conferência de imprensa, que o Governo está a negociar quotas de vacinas para o coronavírus que ainda não foram produzidas.
Segundo o ministro, a ideia é o país antecipar-se na corrida pela compra de novos medicamentos para não correr o risco de sofrer com um possível esgotamento a nível mundial.
“Uma coisa importante é que estamos a conversar com possíveis laboratórios que vão produzir a vacina, para que consigamos garantir que, caso surja uma vacina, o Brasil tenha uma quota, tenha uma parte”, informou o governante.
Teich abordou pela primeira vez o tema de um confinamento total e obrigatório, designado de ‘lockdown’, afirmando que será uma ferramenta importante em locais que estejam numa situação “muito difícil” face à pandemia do novo coronavírus.
“O ‘lockdown’ vai ser importante nos lugares onde estiver muito difícil, com alta incidência, alta ocupação de leitos, muitos pacientes a chegar, infraestruturas que não se conseguiram adaptar. Aí vamos ter uma situação em que realmente vamos ter de proteger as pessoas”, frisou o governante.
“Vai haver lugares em que o ‘lockdown’ é necessário? Vai haver lugares em que eu vou poder pensar em flexibilização? Vai. O que eu preciso é que paremos de tratar disso de forma radical, até para que tenhamos tranquilidade para implementar as medidas em cada lugar do país”, indicou Teich, acrescentando que o seu ministério já concluiu as diretrizes para ajudar os municípios na tomada de decisões.
Até ao momento, no Brasil, o confinamento total foi adotado na região metropolitana de São Luís, capital do estado brasileiro do Maranhão (nordeste), que desde terça-feira implementou a medida para conter a disseminação do vírus após o crescente número de casos, que naquela região ultrapassou 4.500 infeções e 270 mortes.
Também a cidade brasileira de Fortaleza, capital do Ceará, anunciou que entrará a partir de sexta-feira em confinamento obrigatório, com bloqueio de serviços não essenciais e da circulação de pessoas.
Outros estados, como o Pará, adotarão igualmente uma medida semelhante em pelo menos 10 municípios da região, incluindo a capital, Belém, a partir de hoje, quinta-feira.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) enviou na quarta-feira um relatório ao Ministério Público do Rio de Janeiro no qual recomenda a adoção de ‘lockdown’ naquele estado, para controlo da pandemia, segundo a imprensa local.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 260 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
LUSA/HN
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