A Libertação excessiva de proteína endógena HMGB1 nos pulmões pode agravar problemas pulmonares e causar graves danos nos tecidos. De acordo com um artigo científico publicado, esta quinta-feira, no jornal internacional Molecular Medicine, a proteína HMGB1 pode ter forte impacto nos casos confirmados de Covid-19. Problemas inflamatórios podem ser tratados através de substâncias inibidoras testadas em ratos.
A proteína pró-inflamatória, HMGB1, é a responsável pelo lançamento de grandes quantidades de proteínas chamadas citocinas no que se chama uma tempestade de citocinas. Esta reação de combate pode causar graves problemas inflamatórios e danos nos tecidos pulmonares.
Segundo um artigo científico, realizado por investigadores suecos e americanos, “a proteína HMGB1 é provavelmente um dos principais responsáveis por danos graves nos pulmões”. Ulf Andersson, investigador do Instituto Karolinska, na Suécia, defende que “seria interessante testar se substâncias específicas de inibição da HMGB1 seriam capazes de reduzir a inflamação e os danos pulmonares causados pelo novo coronavírus”. Até agora nenhuma destas substâncias inibidoras foi testada em seres humanos. No entanto, já foram realizados testes em animais, como por exemplo ratos, demostrando resultados bastante positivos ao longo de duas décadas.
O artigo baseia-se parcialmente em 20 anos de investigação sobre HMGB1 que o grupo de investigação de Ulf Andersson no Karolinska Institutet, na Suécia, realizou com o grupo de Kevin Tracey, no Feinstein Medical Research Institute em Nova Iorque, EUA.
“A ciência coligida mostra que o HMGB1 desempenha provavelmente um papel fulcral no desenvolvimento de danos pulmonares agudos, independentemente da causa”, diz Ulf Andersson, professor sénior da Department of Women’s and Children’s Health, do Instituto Karolinska. “Por conseguinte, seria interessante testar se os inibidores específicos de HMGB1 seriam capazes de reduzir a inflamação e os subsequentes danos pulmonares causados pelo novo coronavírus”.
Os investigadores admitem que a possibilidade de testar substâncias específicas inibidoras de HMGB1 em seres humanos implica elevadas quantias de dinheiro, difíceis de assegurar pela academia de investigação.
Instituto Karolinska/HN
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