Há cerca de três anos, quando Carlota Lancastre iniciou funções como diretora do museu, tinha “sete ou oito patrocinadores”, tendo em 2019 perdido a maioria dos apoios e ficado com apenas dois.
Assim, e como dependem do funcionamento das escolas, que estarão encerradas nos próximos meses, o Museu das Crianças não tem condições para pagar as rendas ao Jardim Zoológico de Lisboa.
Carlota Lancastre afirmou também que o primeiro trimestre deste ano estava “a correr muito bem”, com “muitas visitas”, que começaram por ser adiadas devido à pandemia de covid-19 e, posteriormente, canceladas.
A diretora referiu que neste momento não é viável fazer um ‘crowdfunding’, uma vez que se vivem momentos incertos e, até ao começo do novo ano letivo, “é um período muito longo em termos de rendas”, que a associação não consegue assegurar.
“Nós queremos mesmo trabalhar com a máxima segurança”, salientou Carlota Lancastre, notando que todas as exposições do museu “são interativas”.
A exposição deste ano letivo era sobre sustentabilidade, mas o museu já tinha “no papel” uma outra sobre sustentabilidade, referiu ainda.
O Museu das Crianças já comunicou a rescisão do contrato de aluguer do espaço ao jardim zoológico, afirmou a diretora, admitindo que a associação ainda se consiga reinventar.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.114 pessoas das 27.268 confirmadas como infetadas, e há 2.422 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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