Dra. Ana Pedro Anestesiologista e Especialista em Medicina da Dor; Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e Coordenadora da Unidade de Dor do Hospital Fernando da Fonseca

Fibromialgia: uma dor silenciosa que afeta maioritariamente mulheres

05/12/2020

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Fibromialgia: uma dor silenciosa que afeta maioritariamente mulheres

12/05/2020 | Consultório

A Fibromialgia é uma doença caracterizada essencialmente por dores crónicas e generalizadas, afetando todo o corpo. Sem existir uma lesão física, é uma condição causadora de dor e sofrimento e representa grande impacto no bem-estar, na qualidade de vida e no desempenho profissional do doente. Atinge essencialmente mulheres com idades compreendidas entre os 35 e os 50 anos.

Os sintomas mais comuns incluem queixas de dor persistente, inespecífica e com várias localizações dispersas em todo o organismo, perturbação do sono e fadiga extrema (não justificável pelas ações do quotidiano), dificuldade de concentração e problemas de memória, associando-se com frequência a depressão e ansiedade.

A Fibromialgia não tem cura e, apesar de não matar, pode ser incapacitante, sendo o conhecimento da doença pelo doente e o acompanhamento médico essenciais, já que permitem o controlo da doença e possibilitam uma melhoria significativa dos sintomas através de uma terapêutica adequada, na qual o doente tem um papel central.

A Fibromialgia não possui exames dirigidos ao seu diagnóstico e, por partilhar muitas características com outras doenças que também apresentam dor crónica, devem excluir-se doenças do âmbito reumatológico, endocrinológico, neurológico, autoimunes, entre outras.

Não existe, ao dia de hoje, uma cura definitiva, mas o equilíbrio psicológico, a prática de atividade física, uma boa higiene de sono e uma alimentação saudável são formas eficazes para melhorar os sintomas e a qualidade de vida do doente. Podem ser utilizados medicamentos para a dor e depressão e fazer fisioterapia para melhorar os movimentos, através de massagens terapêuticas, alongamentos e exercícios de relaxamento. É também importante um acompanhamento psicológico por forma a ajudar o doente a saber lidar com a dor.

Fazer um diagnóstico adequado e seguir o tratamento são as armas mais poderosas para combater esta doença.

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