“Em relação às declarações do senhor secretário de Estado e às questões suscitadas pela Ordem dos Enfermeiros [OE] acredito que possa ser alguma informação que precise de ser melhor alinhada entre as duas estruturas, na medida em que há critérios para a submissão a teste e o ser contacto de um caso é, evidentemente, um deles”, disse Marta Temido na conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia da covid-19.
Na sexta-feira, a OE afiançou que nem todos os profissionais de saúde que contactaram com pessoas doentes com covid-19 foram testados, contrariando afirmações do secretário de Estado da Saúde.
“A Ordem dos Enfermeiros reafirma que tal não aconteceu”, refere em comunicado, depois de António Lacerda Sales ter afirmado em conferência de imprensa que “sempre que um doente covid-19, em qualquer instituição, testou positivo, todos os contactos profissionais próximos, quer sintomáticos quer assintomáticos, foram testados”.
A OE afirma que “só por lapso” o governante poderá ter dado essa garantia, porque na orientação da Direção-Geral da Saúde só se prevê “a realização de teste aos profissionais considerados que desenvolvam sintomas”, embora a Ordem defenda que todos devam ser testados.
A ministra lembrou que a situação dos profissionais de saúde é e tem uma abordagem específica, mas acredita que todas as estruturas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tenham respeitado as orientações.
“Portanto, vamos avaliar o que possa estar a suscitar esta questão, mas não há motivo para não acreditar que as orientações genéricas tenham sido cumpridas”, frisou.
Portugal contabiliza 1.203 mortos associados à covid-19 em 28.810 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1%) e mais 227 casos de infeção (+0,8%).
LUSA/HN
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