O último doente diagnosticado com Covid-19 em Macau teve alta esta terça-feira. A região autónoma volta a ter um registo zero, reduzindo exponencialmente o risco no território. Os Serviços de Saúde locais dizem ainda que é preciso acompanhar de perto a evolução da pandemia no resto do mundo.
“O último doente teve alta hospitalar, o que deixa Macau novamente com um registo zero. Estamos há 41 dias sem novos casos, o risco é muito baixo, mas é preciso ter em conta a situação em todo o mundo, ainda de risco elevado”, disse Lei Chin Ion, na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.
Macau posiciona-se como uma das regiões menos afetadas pelo novo coronavírus. Numa primeira fase registou dez infetados. Após cinco semanas sem ter registado novos casos, indentificou mais 35 doentes. Todos os 45 casos diagnosticados foram importados e as autoridades indicaram não ter existido contágio na comunidade.
Para evitar o contágio na comunidade, Macau vai manter as medidas de prevenção em vigor e para quem entre no território, oriundo de zonas de risco mais baixo, é obrigatória a apresentação do código de saúde e do resultado do teste de ácido nucleico, disse. Já para entrar a partir de zonas de risco mais alto é necessária uma quarentena de 14 dias e, antes de iniciar viagem, a apresentação do resultado do teste à covid-19, acrescentou.
Sobre a possibilidade de abertura das fronteiras com a cidade chinesa de Zhuhai, adjacente a Macau, e com a região administrativa especial vizinha de Hong Kong, Lei Chin Ion indicou “não ser possível avançar uma data, por se estar ainda na fase de comunicação” com os dois governos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 316.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,1 milhões contra 1,9 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (cerca de 125 mil contra mais de 167 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
LUSA/ HN
0 Comments