Coimbra recebe financiamento internacional de 30 mil euros para o estudo de infertilidade

20 de Maio 2020

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra recebeu pela segunda vez financiamento internacional para o estudo da infertilidade feminina. O estudo tem por objetivo perceber o impacto dos contaminantes industriais e da poluição na infertilidade. Cidade do distrito de Aveiro foi o lugar escolhido para avaliar o potencial reprodutivo das mulheres.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra recebeu pela segunda vez financiamento internacional para o estudo da infertilidade feminina. O estudo tem por objetivo perceber o impacto dos contaminantes industriais e da poluição na infertilidade. Cidade do distrito de Aveiro foi o lugar escolhido para avaliar o potencial reprodutivo das mulheres.

É a segunda vez que a equipa de investigadores do Centro de Neurociência e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) recebe financiamento internacional. O estudo vai contar com um montante de 30 mil euros atribuído pela instituição francesa LabEx DRIIHM (Dispositif de Recherche Interdisciplinaire sur les Interactions Hommes-Milieux).

A equipa de investigadores diz que é urgente descobrir o impacto da contaminação por metais na infertilidade feminina, sobretudo em zonas industriais. “Considerando o aumento do risco de exposição devido ao crescimento industrial a que assistimos nas últimas décadas, tornou-se preponderante avaliar o potencial reprodutivo dos habitantes/trabalhadores de áreas fortemente industrializadas, principalmente se existe história local de contaminação, como no caso de Estarreja”, fundamenta a investigadora Renata Tavares.

Entre os objetivos do projeto, os investigadores afirmam que pretendem, também, identificar novos mecanismos de ação destes contaminantes “e com isto o desenvolvimento a longo prazo de estratégias para atenuar a infertilidade feminina”.

Além de Renata Tavares, participam no projeto Ana Paula Sousa, Maria Inês Alfaiate e Maria Soares, também investigadoras do CNC, e ainda João Ramalho-Santos, docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e Teresa Almeida-Santos, docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

VC

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