No início deste mês, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu uma “investigação” para aprofundar a teoria de o novo coronavírus ter sido transmitido aos humanos a partir de um animal, no mercado da cidade onde são vendidos animais selvagens vivos, a alguns quilómetros de distância das instalações do instituto.
Essas suspeitas são “pura fabricação”, disse a diretora do instituto chinês, Wang Yanyi, numa entrevista realizada em 13 de maio e transmitida sábado à noite pela televisão pública CGTN.
A responsável do instituto adiantou que, tal “como o resto do mundo”, desconhecia que o vírus existia e questionou: “Então, como poderia ele [o vírus] ter escapado do nosso laboratório?”.
Wang Yangi admitiu que o instituto “isolou e obteve certos coronavírus de morcegos”, num total de “três tipos de vírus vivos”, mas cuja semelhança com a covid-19 “é de apenas 79,8%”.
Investigadores do instituto de virologia de Wuhan, que estudam alguns dos patógenos mais perigosos do mundo, numa publicada em fevereiro numa revista científica, revelaram que a sequência do genoma do novo coronavírus é 80% semelhante à da SARS, que causou uma epidemia anterior em 2002-29933, e 96% à de um coronavírus de morcego.
A doença covid-19 é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 339 mil mortos e infetou mais de 5,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Em Portugal, morreram 1.302 pessoas das 30.471 confirmadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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